PUBLICIDADE

Finos Filmes traz curtas que põem em debate questões como política, trabalho e habitação

Em sua 4.ª edição, festival será realizado até 16 de maio

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Sem orçamento, mas com uma curadoria inteligente – de Felipe Arrojo Poroger, que anos atrás foi escolhido pelo Estado, entre seus leitores jovens, para ser jurado no Festival de Gramado –, o Festival de Finos Filmes, só de filmes curtos (e algum média), chega à sua quarta edição. Não é mais competitivo, como no ano passado, mas mantém a proposta de ser ponto de encontro e debates. No sábado, 6, o ex-prefeito Fernando Haddad, a psicanalista Maria Rita Kehl e o cientista político Cláudio Couto debatem o tema Cinema e Política no MIS, Museu da Imagem e do Som, a partir da exibição de um programa de quatro curtas.

'O Delírio É a Redenção dos Aflitos' foi um dos 16 selecionados Foto: Finos Filmes

PUBLICIDADE

Entre os filmes está O Delírio É a Redenção dos Aflitos, de Fellipe Fernandes, que foi assistente de Kleber Mendonça Filho em Aquarius. Fernandes prossegue na vertente de Aquarius debatendo a cidade. Uma família está sendo retirada de um prédio que será demolido para abrigar um grande empreendimento imobiliário. O pai sumiu e o drama da mãe é arranjar onde dormir com a filha. Estar no espaço urbano é, ao mesmo tempo, estar confinado e em trânsito. Restos, de Renato Gaiarsa, no mesmo programa, aborda a questão do lixo. Estacionamento, de William Biagioli, é sobre um haitiano que vai trabalhar (e morar) nesse lugar e, aos poucos, descobre que coisas estranhas ocorrem ali. Fotograma, de Luiz Henrique Leal e Caio Zatti, parte da unidade básica fílmica para propor uma obra em processo, e que vai debater a cultura e a barbárie do mundo atual.

Só esses quatro filmes, pequenos apenas na duração – passaram com sucesso em festivais do País e do exterior –, vão permitir que se discuta o estado do mundo, e das cidades. Direitos humanos, precarização das condições de trabalho, saneamento básico.

Além do MIS, o Festival de Finos Filmes, que vai até o dia 16 de maio, ocorre também na Matilha Cultural, no Caixa Belas Artes e no auditório I da Faap. Todas as sessões são gratuitas e você pode acompanhar a programação pelas redes sociais (facebook.com/finosfilmes) ou ainda pelo site (www.finosfilmes.com.br).

Cerca de 200 títulos foram inscritos no festival deste ano, 16 foram selecionados. Finos Filmes propõe, neste ano, um panorama do cinema português, com a Agência da Curta-Metragem, responsável pelo fomento do formato em Portugal. Nos últimos anos, os curtas portugueses têm tido participação frequente nas mostras da categoria em Berlim e Cannes. Uma homenagem especial será prestada à empresa Tremetreme, que possui um dos catálogos de curta mais premiados da atualidade. “Precisamos pensar em novos modelos de produção e distribuição de curtas-metragens. Algumas experiências portuguesas têm sido valiosas e poderão servir como inspiração”, avaliza o diretor e curador do festival, o cineasta Felipe Arrojo Poroger.

Correções

[ASSINA]<CW5>Luiz Carlos Merten [/ASSINA]<IP9,0,0>Sem orçamento, mas com uma curadoria inteligente – de Felipe Arrojo Poroger, que anos atrás foi escolhido pelo <CF735>Estado</CF>, entre seus leitores jovens, para ser jurado no Festival de Gramado –, o Festival de Finos Filmes, só de filmes curtos (e algum média), chega à sua quarta edição. Não é mais competitivo, como no ano passado, mas mantém a proposta de ser ponto de encontro e debates. No sábado, 6, o ex-prefeito Fernando Haddad, a psicanalista Maria Rita Kehl e o cientista político Cláudio Couto debatem o tema Cinema e Política no MIS, Museu da Imagem e do Som, a partir da exibição de um programa de quatro curtas. Entre os filmes está <CF742>O Delírio É a Redenção dos Aflitos</CF>, de Fellipe Fernandes, que foi assistente de Kleber Mendonça Filho em <CF742>Aquarius</CF>. Fernandes prossegue na vertente de<CF742> Aquarius</CF> debatendo a cidade. Uma família está sendo retirada de um prédio que será demolido para abrigar um grande empreendimento imobiliário. O pai sumiu e o drama da mãe é arranjar onde dormir com a filha. Estar no espaço urbano é, ao mesmo tempo, estar confinado e em trânsito. <CF742>Restos</CF>, de Renato Gaiarsa, no mesmo programa, aborda a questão do lixo. <CF742>Estacionamento</CF>, de William Biagioli, é sobre um haitiano que vai trabalhar (e morar) nesse lugar e, aos poucos, descobre que coisas estranhas ocorrem ali. <CF742>Fotograma</CF>, de Luiz Henrique Leal e Caio Zatti, parte da unidade básica fílmica para propor uma obra em processo, e que vai debater a cultura e a barbárie do mundo atual. Só esses quatro filmes, pequenos apenas na duração – passaram com sucesso em festivais do País e do exterior –, vão permitir que se discuta o estado do mundo, e das cidades. Direitos humanos, precarização das condições de trabalho, saneamento básico. Além do MIS, o Festival de Finos Filmes, que vai até o dia 16 de maio, ocorre também na Matilha Cultural, no Caixa Belas Artes e no auditório I da Faap. Todas as sessões são gratuitas e você pode acompanhar a programação pelas redes sociais (facebook.com/finosfilmes) ou ainda pelo site ( www.finosfilmes.com.br). Cerca de 200 títulos foram inscritos no festival deste ano, 16 foram selecionados. Finos Filmes propõe, neste ano, um panorama do cinema português, com a Agência da Curta-Metragem, responsável pelo fomento do formato em Portugal. Nos últimos anos, os curtas portugueses têm tido participação frequente nas mostras da categoria em Berlim e Cannes. Uma homenagem especial será prestada à empresa Tremetreme, que possui um dos catálogos de curta mais premiados da atualidade. “Precisamos pensar em novos modelos de produção e distribuição de curtas-metragens. Algumas experiências portuguesas têm sido valiosas e poderão servir como inspiração”, avaliza o diretor e curador do festival, o cineasta Felipe Arrojo Poroger.  

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.