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Filme recria bastidores de "Nosferatu"

A Sombra do Vampiro, que estréia nesta quinta-feira, reinventa as filmagens do clássico de F.W. Murnau dos anos 20, papel de John Malkovich

Por Agencia Estado
Atualização:

A história é ótima. Durante as filmagens de Nosferatu, clássico de F.W. Murnau dos anos 20, a equipe se depara com um vampiro de verdade, escalado pelo diretor alemão para realizar o maior filme sobre drácula de todos os tempos. Nicholas Cage apostou na idéia e produziu o filme. Chamou uma dupla de excelente qualidade para interpretar o diretor e o conde: John Malkovich e Willem Dafoe. Este foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante e ao Globo de Ouro. A maquiagem, que o tornou parecido com Klaus Kinski no mesmo papel, também concorreu ao Oscar da categoria. A Sombra do Vampiro, que estréia nesta quinta-feira, começa à altura da boa idéia que o engendrou. Murnau - em ótima interpretação de Malkovich - filma o clássico sob pressão dos patrocinadores e deixa em suspense as tomadas com o vampiro. Ninguém sabe muito a respeito de Shrek, o ator escalado para o papel. Espalha-se o boato de que ficou submerso na pele do personagem a ponto de se confundir com ele. A equipe se desloca até uma aldeia na Checoslováquia para rodar as cenas. É lá que se esconde o drácula. Até o momento em que ele entra em cena, o espectador quase não se mexe na poltrona. O diretor Elias Merhige recria cenas do cinema dos anos 20, colocadas sob medida, o que aumenta a tensão do filme, além de dar idéia do que ocorria atrás das câmeras naquelas primeiras décadas da história do cinema. Mas a tensão vai se desfazendo à medida que o vampiro torna-se mais freqüente e que se descobre tratar-se de um autêntico sugador de sangue. Aos poucos, drácula vai se alimentando dos membros da equipe. Murnau filma tudo, procurando dar a maior autenticidade possível à história. Mas o suspense cai para segundo plano. O resultado é boa diversão, quando podia ser um grande filme.

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