Filme de Walter Salles abre festival em Ramallah

Começaram hoje, simultaneamente, o 1.º Festival de Cinema da Cisjordânia e o 21.º Festival Internacional de Cinema de Jerusalém. O primeiro abriu com Diários de Motocicleta e o segundo, com Life is a Miracle, de Emir Kusturica

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Por Agencia Estado
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O filme Diário de Motocicleta, do cineasta brasileiro Walter Salles abre hoje o 1.º Festival de Cinema da Cisjordânia, em Ramallah, a cerca de 30 minutos de carro de Jerusalém. Também nesta noite tem início o 21.º Festival Internacional de Cinema de Jerusalém, com a exibição do filme do diretor nascido em Sarajevo, Emir Kusturica, Life is a Miracle. O Festival da Cisjordânia vai exibir 80 filmes em seis dias, inclusive 60 dirigidos por jovens palestinos, 30 da Cisjordânia e 30 do exterior. Entre os convidados do evento, está o diretor inglês Nick Broomfield, que vai apresentar seu mais novo trabalho, um documentário sobre o corredor da morte Aileen, The Life and Death of a Serial Killer. O filme do diretor francês, Jean-Luc Goddard, Notre Musique terá sua estréia na Cisjordânia durante o festival, assim como 25th Hour do americano Spike Lee. Já o 21.º Festival Internacional de Cinema de Jerusalém abriu com a exibição do filme do diretor nascido em Sarajevo, Emir Kusturica, Life is a Miracle, o primeiro de uma jornada de dez dias, com mais de 200 filmes de 50 países. Apesar dos problemas com a segurança, depois de quatro anos de brigas entre israelenses e palestinos, o evento conseguiu atrair estrelas estrangeiras e vender todos os ingressos, disseram os organizadores. Kusturica vai fazer uma introdução para seu filme, um olhar distorcido sobre a guerra civil na Bósnia entre 1992 e 1995. O britânico Anthony Minghella vai apresentar seu filme vencedor de vários Oscar, O Paciente Inglês. O filme do cineasta norte-americano Michael Moore, Fahrenheit 9/11 terá sua primeira sessão em Israel durante o festival, junto com o de Briton John Boorman Country of My Skull, com sua mensagem sobre os esforços da África do Sul para se recuperar de anos de apartheid. O festival de Jerusalém tem uma oferta variada de filmes dirigidos por cineastas menos conhecidos, como o israelense Eilat Nadav, de The Collaborators e o britânico James Miller (Death in Gaza), morto por soldados israelenses. Minghella, diretor de Cold Mountain, vai participar de um debate com Kusturica sobre direção de cinema amanhã, como parte da programação do festival. O único filme que será exibido nos dois festivais é Thirst um filme falado em árabe feito pelo diretor israelense Tawfik Abu Wael sobre uma família árabe pobre de zona rural.

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