"Filme de Amor" é eleito o melhor no Festival de Brasília

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Por Agencia Estado
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Filme de Amor, de Julio Bressane, foi o grande vencedor do 36º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O longa-metragem, além do Candango de melhor filme, recebeu os de trilha sonora (Guilherme Vaz) e fotografia (Walter Carvalho). Com esse resultado, Bressane passa a ser o único tricampeão do festival: já havia vencido antes com Tabu, em 1982, e com Miramar (dividindo com Anahy de las Misiones) em 1997. Signo do Caos levou os troféus de montagem e direção. O diretor, Rogério Sganzerla, não estava presente, pois está em tratamento de saúde. Quem recebeu o prêmio foi sua filha Djin. Emocionada, ela disse que há poucos dias ouvira do pai a seguinte frase: "A única coisa que pode me curar é uma câmera. Viva o cinema!". A surpresa ficou por conta de Lost Zweig, filme de Sylvio Back, que levou as estatuetas de roteiro, direção de arte (Bárbara Quadros) e atriz, para a austríaca Ruth Reiser, que passa a ser a primeira estrangeira a receber um prêmio de interpretação no Festival de Brasília. Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach, tido como um dos favoritos para vencer o festival, teve de se contentar com os dois troféus para ator e atriz coadjuvantes (Vera Mancini e Ênio Gonçalves) e um excêntrico prêmio especial do júri para o argumento do filme. Surpreso, Reichenbach pediu à apresentadora, a atriz Zezé Motta, que repetisse se era mesmo um prêmio por argumento. Com a confirmação, não conteve seu espanto: "Cacete!", exclamou no palco do Teatro Nacional. Harmada, de Maurice Capovilla, levou o prêmio de melhor ator, para Paulo César Pereio. O único documentário concorrente, Glauber, Labirinto do Brasil, recebeu o prêmio do júri popular. Acumulou essa estatueta com a premiação da crítica e também com um prêmio não-oficial, o Marcantonio Guimarães destinado a filmes que melhor utilizam material de arquivo. Na categoria curta-metragem em 35 milímetros, venceu Rua da Amargura, de Rafael Conde, segundo o júri oficial. O júri popular premiou Momento Trágico, de Cibele Amaral. O melhor filme na bitola 16 milímetros foi Suicídio Cidadão, de Iberê Carvalho. Veja a relação dos escolhidos pelo júri oficial: LONGA-METRAGEM EM 35MM Melhor filme - FILME DE AMOR, de Julio Bressane Melhor direção - ROGÉRIO SGANZERLA, pelo filme Signo do Caos Melhor ator - PAULO CÉSAR PERÉIO, no filme Harmada, de Maurice Capovilla Melhor atriz - RUTH RIESER, no filme Lost Zweig, de Sylvio Back Melhor ator coadjuvante - ÊNIO GONÇALVES, no filme Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach Melhor atriz coadjuvante - VERA MANCINI, no filme Garotas do ABC, de Carlos Reichenbach Melhor roteiro - SYLVIO BACK e NICHOLLAS O´NEIR, pelo filme Lost Zweig, de Sylvio Back Melhor fotografia - WALTER CARVALHO, por Filme de Amor, de Julio Bressane Melhor direção de arte - BÁRBARA QUADROS, pelo filme Lost Zweig, de Sylvio Back Melhor trilha sonora - GUILHERME VAZ, por Filme de Amor, de Julio Bressane Melhor montagem - SILVIO RENOLDI E ROGÉRIO SGANZERLA, pelo filme Signo do Caos, de Rogério Sganzerla Prêmio Especial do Júri para o argumento de GAROTAS DO ABC, de Carlos Reichenbach CURTA OU MÉDIA-METRAGEM EM 35MM Melhor filme - RUA DA AMARGURA, de Rafael Conde Melhor direção - CAMILO CAVALCANTE, pelo filme A História da Eternidade Melhor ator - AUGUSTO MADEIRA e CLÁUDIO MENDES, no filme Truques, Xaropes e Outros Artigos de Confiança, de Eduardo Goldeinstein Melhor atriz - CIBELE AMARAL, no filme Momento Trágico, de Cibele Amaral Melhor roteiro - EDUARDO GOLDENSTEIN, pelo filme Truques, Xaropes e Outros Artigos de Confiança, de Eduardo Goldenstein Melhor fotografia - MAURO PINHEIRO JR., pelo filme Transubstancial, de Torquato Joel Melhor montagem - ZÉ PEDRO GOLLO e RODRIGO BENEVELLO, pelo filme Momento Trágico, de Cibele Amaral Prêmio Especial do Júri para o filme A LATA, de Leopoldo Nunes CURTA OU MÉDIA OU LONGA-METRAGEM EM 16MM Melhor Filme - SUICÍDIO CIDADÃO, de Iberê Carvalho Melhor direção - FELIPE BRAGANÇA e MARINA MELIANDE, pelo filme Por Dentro de uma Gota D´água Melhor roteiro - GUSTAVO ACIOLI, pelo filme Nada a Declarar Melhor fotografia - KIKA NICOLELA, pelo filme Estória Alegre, de Cláudia Pucci Melhor montagem - ROGÉRIO BRASIL FERRARI, pelo filme Justiça Infinita, de Cacá Nazário Prêmio Especial do Júri para o documentário CINEMA PAGADOR, de Isabel Ribeiro e Henrique Pires Menção Honrosa do Júri para o ator EMANUEL CAVALCANTE, no filme Por Dentro de uma Gota D´água, de Felipe Bragança e Marina Meliande Menção Honrosa para o documentário PROCURANDO FALATÓRIO, de Luciana Tanure

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