Filme 'Chicago 10' faz paralelo entre protestos de 1968 e Iraque

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Por CHRISTINE KEARNEY
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O diretor de um novo filme sobre os violentos protestos de 1968 contra a guerra do Vietnã, Brett Morgen, diz que não se trata de mais um filme nostálgico sobre os anos 1960, mas de um trabalho que busca refletir sobre a oposição atual às guerras do Afeganistão e Iraque. "Chicago 10" trata dos protestos contra a guerra do Vietnã que explodiram durante a convenção do Partido Democrata em 1968 e o julgamento bombástico que se seguiu dos ativistas conhecidos como "Chicago 7", incluindo Abbie Hoffman e Jerry Rubin. Morgen disse à Reuters que teve a idéia de fazer o filme quando os EUA invadiram o Afeganistão, em 2001, e o Iraque, em 2003. "Há uma guerra em curso, existe uma oposição a essa guerra e há um governo tentando silenciar essa oposição", disse Morgen. "Em última análise minha história diz respeito a 2008, não a 1968. Eu me apropriei de imagens e iconografias de 1968 para contar uma história sobre a guerra atual." Críticos saudaram o filme como inovador por fundir imagens de TV de arquivo com animação, para reencenar o julgamento e os protestos. Para atrair um público mais jovem, a trilha sonora inclui Rage Against the Machine e Eminem. Para o Los Angeles Times, "Chicago 10" conseguiu recontar os fatos de 1968 de uma forma interessante para uma geração mais jovem. Morgen convenceu artistas de destaque a dublar as figuras animadas, incluindo Nick Nolte, Mark Ruffalo, Liev Schreiber, Jeffrey Wright e Hank Azaria, que dubla Abbie Hoffman. Hoffman foi preso durante a convenção e, ao lado de seis outros, julgado por conspiração. Os dois advogados de defesa, mais o ativista dos Panteras Negras Bobby Seale, que foi amarrado e amordaçado no tribunal e acabou sendo separado do julgamento, compõem os 10 mencionados no título do filme.

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