Festival rende tributo a Thomaz Farkas

A temática nordestina inspirou trabalhos importantes produzidos por Farkas, que o 15.º Festival de Curtas-Metragens exibe

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Por Agencia Estado
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Nascido na Hungria, em 1924, Thomaz Farkas chegou ao Brasil ainda menino, em 1930. Formado em Engenharia na Escola Politécnica da USP, tornou-se fotógrafo e produtor, o que não causa espanto para quem conhece sua biografia. Desde cedo, ele adorava bisbilhotar na loja de materiais fotográficos do pai (que terminou herdando). Fazendo sua opção pelo cinema ? e pelo documentário ?, Thomaz Farkas trabalha, nos anos 1964 e 65, na produção de quatro documentários curtos que reuniu num longa intitulado Brasil Verdade. Um deles é uma das obras-primas produzidas pelo cinema brasileiro no formato ? Viramundo, de Geraldo Sarno, trata das migrações internas no País, documentando a movimentação de nordestinos para São Paulo. A temática nordestina inspirou outros trabalhos importantes produzidos (e/ou fotografados) por Farkas, que o 15.º Festival Internacional de Curtas-Metragens exibe agora como parte de sua programação em homenagem ao criador da Caravana Farkas ? como se chamou sua iniciativa de mapear o Brasil, que o levou a percorrer o País com talentosos e, na época, jovens diretores. Memórias do Cangaço, O Homem de Couro e Vaquejada, de Paulo Gil Soares; O Engenho, Padre Cícero e Vitalino Lampião, de Geraldo Sarno; Visão de Juazeiro, de Eduardo Escorel; Rastejador, Substantivo Masculino, de Sérgio Muniz; e Feira da Banana, de Guido Araújo são outros títulos importantes do programa. E a homenagem a Thomaz Farkas ainda traz duas preciosidades ? Subterrâneos do Futebol, de Maurice Capovilla, cujo título revelador anuncia a intenção desmistificadora, e o filme de Walter Lima Júnior, Thomas Farkas, o Brasileiro.

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