Festival inicia a 5.ª Conferência do Documentário

A Conferência Internacional do Documentário, que começa hoje, é um espaço de discussão e reflexão dentro do Festival É Tudo Verdade

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Por Agencia Estado
Atualização:

Começa hoje, no Itaú Cultural, a quinta Conferência Internacional do Documentário, o espaço de discussão e reflexão que, dentro do festival É Tudo Verdade, com certeza contribuiu para a consolidação da cultura do documentário no País. O encontro traz a São Paulo grandes nomes para debater cinema direto e cinema verdade, analisando as tendências e os dispositivos do documentário na era digital. A conferência é gratuita e aberta ao público em geral. Você só precisa chegar com antecedência para pegar a senha de entrada. Se quiser receber um certificado no fim do evento, que vai até sábado, só precisa assinar as listas de freqüência. Além das mesas, ocorrerão várias sessões de filmes. O homenageado Robert Drew, os professores Michael Renov (da Universidade da Califórnia) e Michel Marie (Universidade Sorbonne) são alguns dos convidados internacionais. Como a conferência deste ano discute fotografia, montagem e som na era do documentário digital, grandes profissionais do cinema brasileiro integrarão as mesas - os fotógrafos Jorge Bodanzky e Carlos Ebert, os montadores Giba Assis Brasil e Idê Lacreta, o técnico de som Sílvio Da Rin. A conferência tem um padrão que consiste em mesclar diretores e professores nacionais e estrangeiros nas mesas-redondas. "A interação dos convidados termina sendo maior fora das mesas", confirma a professora Maria Dora Mourão, da ECA/USP, que organiza o evento com o diretor do É Tudo Verdade, Amir Labaki. Também hoje será lançado o livro O Cinema do Real, organizado por Maria e Labaki. O volume, de 288 páginas, seleciona textos - ensaísticos, a maioria - que discutem história, estética, mercado. Sem ser didático, contempla a informação acumulada no período. Começa debatendo o impacto da tecnologia digital, em textos de Brian Winston e Laurent Roth. Aborda a produção latino-americana (Russell Porter, Michael Rabiger e Andrés Di Tella). Analisa o fenômeno Michael Moore (Ana Amado) e as políticas de representação em Ônibus 174 (Esther Hamburger). Num ensaio memorável (A Direção do Olhar), Eduardo Escorel mapeia a relação entre ficção e documentário no Cinema Novo. 5.ª Conferência Internacional do Documentário - Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, 2168-1776. Grátis. Debates: Hoje, 14h30 e 19h30. Lançamento de O Cinema do Real, organizado por Maria Dora Mourão e Amir Labaki. Cosac Naify, 288 páginas, R$ 32, às 19h30

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