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Festival de curtas, mais de 300 filmes

A programação, que terá desdobramentos no Rio e em Porto Alegre, ainda não está fechada, mas no total serão exibidos em torno de 300 títulos. O olhar feminino domina a seleção, que inclui uma retrospectiva de Agns Varda

Por Agencia Estado
Atualização:

Embora o início oficial seja no dia 23, o 12.º Festival Internacional de Curtas na verdade já começou. O evento promovido pela Associação Kineforum e dirigido por Zita Carvalhosa privilegia este ano o olhar feminino, apresentando muitos filmes de curta-metragem dirigidos por mulheres. Mas o festival também realiza uma importante obra de difusão do formato, informa o programador associado (com Zita), Francisco César Filho, o Chiquinho. Essa é a parte que já está em desenvolvimento. Tudo começou quando o festival do ano passado promoveu uma sessão de curtas na periferia de São Paulo. O lugar escolhido foi o Capão Redondo e o sucesso foi tão grande que Zita e Chiquinho resolveram promover este ano uma série de oficinas de cinema digital, com ênfase para a realização de curtas. Houve uma na Freguesia do Ó, haverá outra no Centro Cultural São Paulo, durante a realização do evento. As informações podem ser encontradas no site www.kineforum.org, clicando o ícone correspondente. A programação, que terá desdobramentos no Rio e em Porto Alegre, ainda não está fechada, mas no total serão exibidos "em torno de 300 títulos", informa Chiquinho. O olhar feminino domina a seleção de títulos, que inclui a retrospectiva de Agns Varda, um programa dedicado à curta-metragista americana Maya Derin, ligada à vanguarda dos anos 40, e outro programa intitulado Brasileiras, com as grandes diretoras de cinema do País que se iniciaram no formato. Há um olhar feminino no cinema? Agns Varda diz que só pelo fato de ser mulher seu cinema já é diferente do dos homens. Mas ela faz a ressalva: de certos homens. Pois seu marido, Jacques Démy, tinha um olhar delicado, quase feminino, e falava sobre mulheres, ela define, "como ninguém".

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