PUBLICIDADE

Festival de cinema infantil chega para divertir e encantar os pequenos em São Paulo

Mais de 100 filmes de 25 países serão exibidos no evento

Por Eliana Silva de Souza
Atualização:

Começou na sexta-feira, a 13ª edição do Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici). O evento, que segue até o dia 25, tem em sua programação 100 filmes de 25 países, que serão exibidos no Cinemark Eldorado. Como todos os outros setores da sociedade, esse também está sentindo as consequências da crise atual. “A gente já tinha reduzido o festival nas edições anteriores, pois no começo ele passava por 14 cidades e agora chega a seis”, conta Carla Esmeralda, diretora do evento ao lado de Carla Camurati.  Apesar dessa mexida na estrutura, a programação continua com o mesmo formato. “Essa parte é inabalável, estamos mantendo tudo como sempre foi, inclusive com os filmes internacionais. Para trazer os trabalhos estrangeiros, contamos com diversas parcerias, que é a forma que a gente tem para se reorganizar e daí fazer um festival com a mesma qualidade e com o mesmo número de filmes”, conta Carla.  A diretora aproveita para explicar com é feita a captação internacional, que para conseguir reunir os filmes estrangeiros ela diz que vai, como já é tradicional, ao Festival de Berlim, onde há um grande mercado de distribuidores. “Eu já fui diversas vezes a Berlim e lá passo por todos os distribuidores, que nos conhecem há um bom tempo. Esse é o primeiro passo para fazer a captação dos filmes internacionais”, diz.  Claro que a maior dedicação é direcionada às produções nacionais. “Depois de selecionar os filmes via Festival de Berlim, temos todo um empenho com relação aos filmes nacionais, especialmente aqueles que chegam via Prêmio Brasil de Cinema Infantil, que este ano teve o total de 167 filmes, ou seja, há uma geração que quer fazer filmes para crianças, e é muito bom ver isso”, explica a diretora do festival.  Ela enaltece o empenho dos profissionais em realizar produtos para o público infantil. “Quando você faz um filme para a criança, você faz filme para alguém que tem sensibilidade muito especial e você tem de entender esse alguém. Isso é um benefício para o desenvolvimento de narrativa, do olhar do realizador e ao mesmo tempo é um presente para os pequenos”, conclui.  Carla diz ainda que tem observado que recentemente tem uma grande quantidade de homens fazendo filmes para crianças. “Isso é muito bom, pois como o cuidar de crianças, tradicionalmente é destinado às mulheres, daí ser tão interessante ver os homens se manifestando e querendo falar com crianças e produzir para elas, sem desprestigiar as mulheres, claro.”

PUBLICIDADE

Bem, com relação à programação especificamente, Carla destaca algumas obras. “Dentro de uma variedade tão grande de títulos, difícil falar de um ou outro, mas tem alguns que são maravilhosos, como é o caso do O Que Que Há com o Seu Peru, feito pelo Rodrigo Gava (com Duda Campos), que também fez As Aventuras do Pequeno Colombo, que terá estreia no festival. Esse filme levou sete anos para ser feito e deve ser lançado em janeiro”, conta. Ela recomenda ainda o longa Canção do Oceano, de Tomm Moore. “É um filme muito poético. “ Mas o festival não tem apenas exibição de filmes. Várias atividades foram programadas para cativar a plateia infantil. Entre essas, O Pequeno Jornalista, que terá a exibição neste domingo, 18h30, do filme Canção do Oceano, e em seguida debate com a jornalista Fernanda Araújo para falar com o público sobre suas impressões sobre o filme e como ele faria sua crítica.  E tem também uma sessão que é muito aguardada, que é a Dublagem ao Vivo. E, no dia 25 será a vez do longa francês O Passarinho Amarelo, de Christian De Vita. “Essa dublagem ao vivo foi uma concepção da Carla Camurati, que contou com a aprovação dos dubladores. Antes os profissionais falam como é feita a dublagem. E a criançada adora, entra na história. E é nesse momento que a criança percebe que os filmes são feitos em outras línguas, pois normalmente o filme já chega dublado, descortina os filmes, mostrando como é feito e aproxima o pequeno espectador de uma profissão cinema.”

DESTAQUES

A Mansão Mágica As aventuras de um grupo de animais e um local bem diferente, onde os aparelhos têm podres mágicos. De Jeremy Degruson e Ben Stassenfrequentes (França)

Pequeno Tom e o Espelho Mágico Garoto parte em uma aventura para libertar o reino de um feitiço e ganhar a mão de uma princesa. De Ernesto Padrón Blanco e Bruno López (Espanha-Cuba)

O Segredo dos Diamantes Aventura juvenil dirigida por Helvécio que mostra um grupo de garotos que vai atrás de um tesouro (Brasil)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.