Festival de Brasília homenageia Morgan Freeman

Para o evento chegam a Brasília o ator norte-americano Morgan Freeman, a cineasta italiana Lina Wertmuller e o diretor de Burkina Faso Idrissa Ouedraogo. Vêm também Florinda Bolkan, Lucélia Santos, Aluísio Abranches, entre outros

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Por Agencia Estado
Atualização:

Não deixa de ser notável o grau de maturidade a que chega o Festival Internacional de Brasília, que está apenas em sua quarta edição. Quando surgiu, ninguém dava nada por ele (afinal, realiza-se na mesma cidade do tradicional evento dedicado ao cinema brasileiro). Para surpresa de todos, cresceu, solidificou-se e chega nesta quarta-feira a mais uma edição, apresentando convidados importantes e - o que é mais importante - uma bela seleção de filmes. Para o evento chegam a Brasília o ator norte-americano Morgan Freeman, a cineasta italiana Lina Wertmuller e o diretor de Burkina Faso Idrissa Ouedraogo. Vêm também Florinda Bolkan, Lucélia Santos, Aluísio Abranches, entre outros. Florinda preside o júri da mostra competitiva e também apresenta em pré-estréia seu filme Eu não Conhecia Tururu, que entra em cartaz no dia 3 em São Paulo e no Rio. É a estréia na direção de uma atriz consagrada e evoca um universo feminino e intimista que tem alguma coisa de ficcional e outro tanto de referência autobiográfica. Afinal, Florinda é a atriz cearense que foi fazer carreira fora do País, venceu, e mora até hoje na Itália, tendo trabalhado com diretores como Luchino Visconti, Elio Petri e Vittorio De Sica. Alguns desses trabalhos europeus de Florinda serão exibidos durante a mostra, como Investigação de um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita, em que ela contracena com Gian Maria Volonté. Lina Wertmuller, cineasta badaladíssima nos anos 70 por Mimi, o Metalúrgico e Pasqualino Sete Belezas não teve seus últimos trabalhos divulgados por aqui. O público do festival poderá vê-los. Assim como poderá assistir a um conjunto de cinco filmes de Idrissa Ouedraogo, diretor africano dos mais interessantes. Dois dos filmes de Idrissa foram precariamente lançados no País, Tilai e Samba Traoré. O restante é inédito. Na mostra brasileira, as novidades são As Três Marias, de Aluísio Abranches, o documentário Timor Lorosae de Lucélia Santos, e O Clube do Champagne, de João Machado. Há também uma mostra chilena, uma sessão preview (com títulos a serem lançados no circuito) e a mostra competitiva, composta de 12 títulos vindos de países como Suécia, França, Espanha, Argentina, Tailândia e China, entre outros. É um cardápio e tanto, a ser selecionado com critério para evitar indigestão.

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