"Expresso Polar" traz Natal hi-tech às telas

Chega às telas O Expresso Polar, animação computadorizada com recursos de última geração que faz Tom Hanks interpretar vários personagens. Assista ao trailer

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Expresso Polar baseia-se no livro de Chris Van Allsburg que a Nova Fronteira também está colocando nas livrarias. O filme, que vários críticos americanos escreveram exageradamente que já nasceu "clássico". O Expresso Polar não é programa para ser desprezado, um pouco pela história que remete ao Natal e outro tanto pelo virtuosismo técnico que virou a marca do diretor Robert Zemeckis. Ele levou adiante a experiência de Peter Jackson em O Senhor dos Anéis, quando criou o Gollum. Zemeckis fez o que pode ser considerado revolucionário - convenceu um astro como Tom Hanks, que ganhou seu primeiro Oscar em Forrest Gump, o Contador de Histórias, que ele dirigiu, a transformar-se em personagem de animação. Aliás, em cinco diferentes personagens de animação. Zemeckis dá um show, mas a verdadeira revolução começou quando Peter Jackson desenvolveu a técnica chamada de motion capture para criar o Gollum, ou seja, captar os movimentos de um ator por meio de sensores ligados a câmeras acionadas por computadores, nos quais o personagem é desenvolvido digitalmente, sem que um só plano seja filmado. O Gollum resultou tão bom que sua interpretação foi simplesmente a melhor de 2002, fato que o Oscar, claro, ignorou. Seja como for, a técnica naquele momento era chamada de motion capture. Agora, por conta da entrada de Tom Hanks em cena, fazendo vários personagens, virou performance capture. Zemeckis adotou esse procedimento para ressaltar o caráter fantástico da aventura que narra e pelo prazer de enfrentar um desafio técnico. Em Uma Cilada para Roger Rabbit, misturou figuras de animação com atores (e criou a estonteante Jessica Rabbit). Zemeckis não inventa novos processos, aprimora-os. O Expresso Polar do título, no qual embarca com destino ao Pólo Norte, para conhecer o local em que Papai Noel vive. É uma viagem que encerra múltiplas dificuldades - para ir e voltar. A técnica é prodigiosa, o trem do Papai Noel é convidativo, mas você vai ver que o filme não é tão mágico quanto poderia (e até deveria) ser.

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