Ex-mulher de Sean Connery acusa ator em autobiografia

A atriz australiana Diane Cilento acusa seu segundo marido, o ator escocês Sean Connery, de tê-la maltratado física e psicologicamente em sua autobiografia

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Por Agencia Estado
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A atriz australiana Diane Cilento acusa seu segundo marido, o ator escocês Sean Connery, de tê-la maltratado física e psicologicamente em sua autobiografia que acaba de ser lançada na Austrália, Minhas Nove Vidas (My Nine Lives). Aos 72 anos, a atriz que esteve casada com Connery entre 1962 e 1973, os anos do apogeu dos filmes de James Bond que o lançaram à fama internacional, decidiu escrever suas memórias acima de tudo para pagar suas dívidas de um processo que moveu para continuar de posse de uma vasta propriedade rural no norte tropical de Queensland, onde viveu com seu terceiro marido, o dramaturgo Anthony Shaffer, e no qual criou com ele um famoso teatro ao ar livre, o Karnak. "Não tinha muita vontade de reviver meu passado", disse a atriz ao apresentar seu livro à imprensa australiana. "Mas meu casamento com Connery, do qual nunca tinha comentado em público, era o único que poderia convencer meu editor para que me pagasse uma grande quantia pelos direitos de minhas memórias", acrescentou. O teatro Karnak é um curioso e quase extravagante experimento espiritual no meio da floresta pluvial australiana, fundado por Shaffer e Cilento em 1980, que corria o risco de desaparecer devido aos problemas econômicos da atriz que ficou viúva em 2001 mas que agora, graças aos direitos do livro, reabrirá suas portas no próximo dia 22 de maio com uma nova comédia musical intitulada The Impossible Dream". Diane Cilento, filha de um respeitável casal de médicos australianos, se mudou muito jovem para a Grã-Bretanha atraída pelo mundo do teatro. Em Londres, trabalhou com cinema, teatro e televisão até seu casamento com Connery, que a fez abandonar a atividade artística para se dedicar ao lar e ao filho do casal, Jason Connery, também ator. Nestes anos ao lado de Connery, Cilento voltou a trabalhar com cinema em raras ocasiões. Antes de se aposentar foi indicada para o Oscar de 1963 como melhor atriz coadjuvante pelo filme Tom Jones, de Tony Richardson com Albert Finney, e se dedicou também a escrever. "Escrever minhas memórias foi para mim uma longa viagem", disse a atriz e agora escritora.

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