
16 de abril de 2009 | 16h09
A inspiração repete-se em "Evocando Espíritos", estreando em circuito nacional, que se baseia numa história supostamente verdadeira, ocorrida na cidade de Southington, em Connecticut (EUA), relatada pela família Snedeker.
Tudo começa quando a família, que no filme se chama Campbell, vai morar numa casa que, anos antes, foi sede de uma funerária. A despeito de crendices, e pelo baixo custo do aluguel (como todas as casas infestadas por fantasmas), a família decide ficar no local.
Logo ao chegar, o jovem Matt (Kyle Gallner) começa a sentir as estranhas presenças na casa. O adolescente está em meio a um tratamento experimental contra câncer, que pode colateralmente produzir alucinações. Por isso, ele não conta a sua mãe Sara (Virginia Madsen, de "Número 23") nada sobre o que vê.
Aos poucos, o espectador começa a perceber que os antigos donos da funerária faziam mais do que preparar os mortos para o enterro. As visões de Matt passam a ser os últimos dias do jovem Jonah (Erik J. Berg), que participava das mais assustadoras práticas de satanismo realizadas dentro da casa.
Com um bom elenco, "Evocando Espíritos" equilibra-se bem entre o drama familiar e o terror. O filme perde, porém, em seu desfecho exagerado e confuso. Esperava-se mais do roteirista Adam Simon, diretor de "The American Nightmare" (2000), documentário que analisa como os filmes de terror das décadas de 1960 e 1970 se refletiram na sociedade americana.
Para quem quiser conhecer o verdadeiro relato sobre a família Snedeker, além de documentários de TV, pode procurar o livro "In A Dark Place: The Story of a True Haunting" (1992, sem tradução para o português), de Ray Garton. Em tempo: o próprio autor nunca acreditou na história.
(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)
*As opiniões são responsabilidade do Cineweb
Encontrou algum erro? Entre em contato