Evento na Grécia homenageia a produção brasileira

Tessalonica promove master class de Walter Salles e exibe 18 títulos nacionais

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Por Agencia Estado
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Criado em 1960 como uma modesta ´semana do cinema grego´, o Festival de Tessalonica virou um evento internacional, 41 anos depois, e hoje desfruta prestígio, em todo o mundo, como manifestação cinematográfica ligada à discussão e consagração de novos autores. Há uma mostra competitiva de diretores estreantes, que podem concorrer com primeiros e segundos filmes. E existem seções paralelas que não param de crescer. O 47.º Festival Internacional de Tessalonica começa hoje e vai até o dia 26, abrigando duas grandes retrospectivas. Uma privilegia o cinema brasileiro e inclui 18 filmes essenciais, desde os clássicos Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos; e Terra em Transe, de Glauber Rocha, até obras recentes como Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes; O Casamento de Romeu e Julieta, de Bruno Barreto; e 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira. A outra contempla o cineasta alemão Wim Wenders e vai exibir a íntegra de sua obra - todos os 27 filmes que ele realizou, em 35 anos de carreira. A homenagem ao Brasil inclui a presença de dois brasileiros nos júris - a diretora Kátia Lund, no da mostra competitiva; e o crítico José Carlos Avellar, no da Fipresci, a Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica -, mais a participação de Walter Salles, que ministra uma master class com Wenders e apresenta Diários de Motocicleta para os gregos. Haverá, no dia 21, um debate específico sobre o novo cinema brasileiro, com convidados pela organização do festival e/ou indicados pelo Grupo Novo de Cinema. Veteranos também têm espaço no Festival de Tessalonica, que será inaugurado com The Queen, de Stephen Frears, devendo encerrar-se com Coeurs, de Alain Resnais, ambos premiados em Veneza. Mas o destaque são mesmo os jovens - Karim Ainouz concorrerá com O Céu de Suely, que estréia nesta sexta nos cinemas brasileiros; e o México terá um filme na competição (Drama/Mex, de Gerardo Naranjo) e outro fora de concurso (O Violino, de Francisco Vargas). Com curadoria de Despina Musaki, o Festival de Tessalonica distribui prêmios em dinheiro. O principal, o Alexandre de Ouro, para o melhor filme, ganha 35 mil.

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