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ESTREIA-'Um Divã Para Dois' traz Meryl Streep e Tommy Lee Jones

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Por Redação
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Do alto de suas 17 indicações ao Oscar – recorde absoluto entre os atores de Hollywood -, com três vitórias – coadjuvante em “Kramer vs Kramer” (1979) e protagonista em “A escolha de Sofia” (1982) e “A dama de ferro” (2011) - Meryl Streep mantém uma notável disposição para alternar drama e comédia. Mais uma vez ela faz graça, inclusive com as marcas visíveis da própria idade (63 anos), na comédia “Um divã para dois”, de David Frankel – diretor com quem ela já atuara em outro registro cômico, bem mais perverso, em “O Diabo Veste Prada” (2006). Na pele de Kay, uma dona de casa doce, mas insatisfeita e disposta a sacudir a rotina, ela divide a cena com boa química com outro veterano, Tommy Lee Jones, vivendo o maridão acomodado Arnold. Ele é o tipo que faz todo dia tudo sempre igual. Acorda na mesma hora, senta-se calado na mesa do café com o jornal aberto, come seus ovos com bacon e parte para o trabalho. Se Arnold não dá sinais de querer mudanças, Kay está no limite. São 31 anos de vida a dois, nos últimos tempos com quartos separados e distância física e afetiva. Naturalmente conciliadora, Kay não aguenta mais um dia esta situação. Raspa suas economias e compra um pacote de uma semana de terapia de casais no Maine, numa cidadezinha bucólica onde fica um prestigiado terapeuta, o dr. Feld (Steve Carell). Durão, o marido resiste. Mas acaba cedendo. Nos primeiros dias, é o retrato da má vontade para discutir sua intimidade com um total estranho. Mas sente que, se não fizer um esforço, corre o risco de perder Kay. As cenas mais engraçadas estão nas tentativas de reaproximação entre o casal madurão, seguindo os exercícios propostos pelo dr. Feld – e isso acontece pela extraordinária capacidade dos dois atores principais de se entregarem aos seus papéis, sem medo de dar vexame. Essa naturalidade conspira a favor do filme. Mesmo resistindo a um clichê aqui, outro ali, é difícil não ter simpatia por este esforçado casal procurando recuperar o calor da paixão. (Por Neusa Barbosa, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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