ESTREIA-Moralista, 'Os Homens São de Marte...' traz protagonista desesperada para casar

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Baseado numa peça que ficou quase uma década em cartaz no país e fez um público de dois milhões de ingressos, o longa “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou!” traz a sua criadora, Mônica Martelli, novamente como protagonista. Ela é Fernanda, mulher bem-sucedida profissionalmente que busca um homem para chamar de seu e se envolve em mil confusões enquanto tenta achar o príncipe encantado. A trama, os personagens e a situações são tão clichês quanto as duas frases anteriores que descrevem o filme. O que há nessa mulher contemporânea que assusta aos homens? Seria o seu desespero para se casar ou sua independência financeira? Fernanda, que é sócia numa empresa que organiza festas de casamento, se envolve com um político (Eduardo Moscovis), um milionário (Humberto Martins), um alemão meio hippie no nordeste (Peter Ketnath) e um arquiteto (Marcos Palmeira). Com todos ela “acredita que será feliz para sempre – e com quase todos se frustra. É apenas com um deles que ela encontra o puro amor conjugal: com aquele com quem não vai para a cama no primeiro encontro. “Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou” parece estar repetindo um velho bordão moralista, da suposta diferença entre as que são para casar e as outras. Mônica é boa de comédia e domina a personagem, tem timing para humor e sem dúvida é o que há de melhor no filme. Mas as situações e a obstinação de Fernanda quase desumanizam a protagonista que, em certos momentos, parece um robô programado apenas para esperar uma aliança na mão esquerda. Os coadjuvantes – Daniele Valente e Paulo Gustavo – são apenas desculpas para Fernanda conhecer novos homens, novos pretendentes em potencial. Uma subtrama envolvendo um casamento (em que a mãe do noivo é interpretada por Irene Ravache) parece estar ali apenas para prolongar o filme, que, em última instância, é uma longa propaganda, passando por uma revista, uma marca de iogurte e culminando em Lulu Santos. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.