ESTREIA-Elenco e diálogos sustentam a comédia 'Vai que Dá Certo'

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Por Redação
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O mundo contemporâneo é cruel demais, cobra o sucesso profissional e pessoal. Os protagonistas da comédia "Vai que Dá Certo" são pressionados exatamente por essa ideia. Chegando à casa dos 30 anos, sem serem bem-sucedidos em ambos, Rodrigo (Danton Mello), Amaral (Fabio Porchat), Tonico (Felipe Abib) e Vaguinho (Gregório Duvivier) precisam de uma saída. Rodrigo é músico, mas perde o emprego num bar depois de inúmeras faltas. É colocado para fora de casa por sua mulher (Georgiana Góes) e busca refúgio na casa de sua mãe (Camila Amado), onde tem que dividir seu antigo quarto com vários cachorrinhos. Amaral e seu irmão Vaguinho herdaram uma lan house e locadora, cujo único cliente é um garoto de uns 10 anos. Tonico é professor de inglês de adolescentes cujas mesadas devem ser maiores que o salário dele. Um primo de Rodrigo, Danilo (Lucio Mauro Filho), motorista de carro-forte, sugere um esquema para roubarem o seu veículo numa das viagens. Para que a comédia funcione, é claro, é preciso que o plano não dê certo. Como não conseguem roubar o carro-forte, as dívidas do grupo só aumentam, e eles precisam arrumar dinheiro rápido, até porque suas vidas são ameaçadas pelo crime organizado. O que sobra é a tentativa de roubar Paulo (Bruno Mazzeo), ex-colega de escola do grupo, que agora é um político rico em época de eleição. Para isso, vão colocar na confusão Jaqueline (Natália Lage). Não que "Vai Que dá Certo" não caia em suas armadilhas e seja às vezes previsível , mas os diálogos --bem melhores do que a ação-- são realmente engraçados. Não é surpresa que sejam assinados por Porchat, um dos responsáveis pela série de vídeos humorísticos, divulgados na internet, chamada Porta dos Fundos, que também traz Duvivier no elenco. O diretor Maurício Farias, que tem no currículo "A Grande Família" (TV e cinema), sabe aproveitar bem o timing de cada um dos atores , especialmente de Porchat, Lucio Mauro Filho e Duvivier. O melhor é que, em tempos que o humor tem que superar as amarras do politicamente correto sem cair no grotesco, "Vai que Dá Certo" consegue ser engraçado sem apelar. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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