ESTREIA-'31 Minutos' leva para cinema fantoches de programa de TV

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Por Redação
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Yes, nós temos Muppets, ou algo no mesmo estilo. "31 Minutos" é um programa de televisão chileno no qual fantoches apresentam um telejornal, nos moldes da década de 1980, ou seja, sem tanta tecnologia. É uma opção retrô que vem bem a calhar com os personagens e o visual. Em seu país, estreou em 2003, e no ano seguinte foi lançado no Brasil, onde esteve no ar até 2006. Mas não é preciso conhecer o televisivo para achar graça (muita graça) no filme homônimo que chega aos cinemas do país na sexta-feira. Aos poucos, o roteiro, assinado pelos criadores do programa, Álvaro Diaz e Pedro Peirano, e Daniel Castro e Rodrigo Salinas, dá conta de apresentar os personagens e contextualizá-los, enquanto deslancha a ação. O telejornal se chama "31 Minutos" e é apresentado por Tulio Triviño (dublado por Marcio Garcia), um chimpanzé egocêntrico, vaidoso e nada competente. Seu produtor é Juanín (Daniel de Oliveira), um animal exótico pertencente à espécie dos juanines, que são como bichos de pelúcia, mas sem olhos visíveis. A trama começa quando Juanín é sequestrado para o zoológico da malévola Cachirula (Mariana Ximenes), garota mimada que mantém em cativeiro em sua ilha particular animais exóticos. Por uma série de incidentes, Tulio brigou com Juanín e o demitiu, por isso, o animalzinho está mais vulnerável. A equipe, que inclui o repórter boêmio Bodoque (Guilherme Briggs), sai em busca de seu produtor injustiçado. O humor, como não poderia deixar de ser, é inocente, beira o ingênuo, mas nem por isso se torna enfadonho para os adultos. A graça está na simplicidade, conseguida por meio de muito esforço, tanto dos fantoches, quanto do roteiro ou das piadas. A trama é curta (o filme tem pouco mais de uma hora), por isso mesmo não há arestas sobrando, está tudo no seu devido lugar: trama ágil, bons personagens e ritmo adequado. Coprodução entre Brasil e Chile, o longa poderia muito bem servir como pontapé inicial para uma nova temporada do programa, ou mesmo uma sequência, uma vez que seus personagens apresentam potencial para novas histórias. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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