ENTREVISTA-Downey Jr. confirma volta por cima como 'Sherlock'

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Por Chad Williams

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LOS ANGELES (Hollywood Reporter) - Depois dos certeiros "Homem de Ferro" e "Trovão Tropical", Robert Downey Jr., de 44 anos, confirma a ressurreição da sua carreira ao viver o protagonista de "Sherlock Holmes", que a Warner lança em 25 de dezembro nos Estados Unidos.

Pergunta: Como "Holmes" entrou no seu radar?

Resposta: Uns 15 minutos antes de "Sherlock Holmes" entrar na minha visão periférica, eu estava perguntando meio de brincadeira ao (produtor) Joel Silver -- a quem dou crédito por basicamente me reconvidar para o mundo dos grandes filmes de estúdio com "Gothika" -- "Cara, cadê a nossa franquia (série de filmes)?" Isso foi logo depois de "Homem de Ferro". E logo ele falou: "Lembra daquela franquia que conversávamos. Acho que esta pode ser boa." E em seguida estávamos falando com (o cineasta) Guy Ritchie.

P: Seu Holmes é uma versão muito mais física do que costumava ser. Fale das cenas de luta.

R: Desenvolvemos bastante (da coreografia) no começo, e algumas vezes parecia muito telegrafada, mas não com uma frequência que você dissesse: "Não parece estar direito"... Só fui atingido mesmo uma vez (no lábio), e precisei de menos de dez pontos. Na verdade, ainda acabamos o dia (de filmagem), e só aí fui para o hospital.

P: As pessoas vão reconhecer o seu Holmes?

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R: Bom, fomos convidados para o baile anual do Baker Street Irregular em Nova York, então acho que não erramos muito o alvo.

P: Como foi trabalhar com Ritchie no seu primeiro filme de estúdio com orçamento realmente grande?

R: Ele tinha ideias realmente fantásticas sobre como dar a mexida certa para reapresentar esses personagens. (O set) era tão relaxado que às vezes beirava o caos. Foi ótimo para nós, norte-americanos, irmos à Inglaterra ver como eles trabalham, a que eles reagem e o que acham repugnante no jeito norte-americano de trabalhar!

P: Acho que vamos precisar de um exemplo...

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R: Ok. Convocamos uma reunião de roteiro e a Susan (esposa de Downey e produtora de "Holmes") e eu entramos numa miríade de assuntos que precisávamos atacar para tornar o roteiro melhor, e olhamos para o Guy e seus camaradas e diretores de área, todos britânicos. Eles meio que nos olhavam como se não quisessem que ficássemos mal, mas estavam ligeiramente desgostos com a forma incivilizada com que fomos direto ao trabalho. Tipo: "Susan, por que não pegamos um prato de queijos e um pouco daquele caviar médio-para-ruim?... Talvez alguém queira um blini. É hora do chá, não é? Bem, vamos ver se eles querem chá." E assim que começamos a abrir nossas sessões com uma oferta de bebida ou comida -- assim que nos civilizamos --, as comportas da boa vontade se abriram.

P: Sua abordagem mudou com seu sucesso recente?

R: A diferença é pessoal, no sentido de que tenho agora um pouco mais de influência -- minhas ideias talvez tenham mais peso do que poderiam ter antes. Mas, com relação ao tipo de projeto, minha abordagem não mudou. Ir para o tudo ou nada e livre de todos os clichês se possível. E estabelecer e vingar os pontos do roteiro da forma mais honesta e inteligente possível.

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P: Você se diverte mais do que se tudo isso fosse há 20 anos?

R: Absolutamente mais diversão agora, talvez porque tenha vivido mais erros do que poderia repetir. Sou de certa maneira um resolvedor profissional de problemas. Já tendo feito tantos filmes de modo aquém do ótimo, tendo a farejar com bastante precisão o resultado final de um processo falho, e tomara que isso ajude meus colaboradores a evitarem (o fracasso).

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