'Embarque Imediato' gira em torno de Marília Pêra

Comédia é segundo filme de Allan Fiterman, um brasileiro que morou 11 anos nos Estados Unidos

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Por Redação
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Cinco anos se passaram entre o início do projeto de "Embarque Imediato" e sua concretização. Estrelada por Marília Pêra, José Wilker e Jonathan Haagensen, a comédia entra em circuito nacional na sexta-feira. Esse o segundo filme de Allan Fiterman, um brasileiro que morou 11 anos nos Estados Unidos, onde estudou, lecionou cinema e realizou curtas e um longa - "Living the Dream" (2006). Naquele seu primeiro filme atuavam Sean Young (a sensual androide de "Blade Runner") e também Marília Pêra, que conheceu o diretor durante os ensaios da peça "Mademoiselle Chanel" (2004). "Embarque Imediato" é, visivelmente, uma comédia feita com a intenção de projetar Marília. A atriz recebe a maior parte das falas engraçadas e também pode mostrar seu talento como cantora - o que ela já fez muito bem no teatro, em espetáculos como "A Pequena Notável" (72) e "Marília Pêra Canta Carmen Miranda" (2005). Como o objetivo do filme é fazer rir, Marília é apenas Justina Bustamante, uma supervisora de aeroporto (o Tom Jobim, no Rio, que foi o cenário da filmagem) que no passado tentou a sorte como cantora nos EUA, mas que agora não pensa mais na vida artística. Justina é uma mulher madura, cheia de encantos e paixão - quase sempre com alvo errado, como aquele caso sem jeito que ela mantém há anos com Fulano (José Wilker), que dirige uma improvável agência de modelos gordinhas. No aeroporto Justina tem um incidente com Wagner (Jonathan Haagensen de "Cidade de Deus"), um garçom que tenta escapar com a namorada, Jô (Clara Choveaux), clandestinamente para Nova York. Justina pega os dois em flagrante, mas depois decide ajudar o rapaz a ensaiar seus dotes vocais para participar de um concurso de cantores numa churrascaria e ganhar dinheiro para viajar. Os melhores momentos são mesmo de Marília, seja quando contracena com sua irmã (Sandra Pêra, sua irmã na vida real), que vive nos EUA e veio visitá-la, seja quando tem seus momentos de diva - cantando "New York, New York", por exemplo. Mas, na maior parte do tempo, o roteiro não decola nem faz jus ao talento da atriz. (Por Neusa Barbosa, do Cineweb) * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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