A chocante cena final de Planeta dos macacos, de 1968, com a imagem destruída da Estátua da Liberdade numa praia, comprova para o incrédulo protagonista, o astronauta George Taylor (Charlton Heston), que ele está na Terra dominada pelos primatas e não em um planeta misterioso, no qual a Teoria da Evolução teve outro desdobramento. Em Planeta dos Macacos: A Origem, o grande blockbuster da semana, que manteve por duas semanas consecutivas a liderança na bilheteria americana (agora, está em segundo lugar), o diretor Ruppert Wyatt revela como tudo aconteceu, fruto de efeitos colaterais de experiências genéticas fracassadas para encontrar a cura de doenças neurológicas degenerativas, como o mal de Alzheimer. Mas, ao contrário do filme original, uma ficção científica inesquecível, inspirada no livro do francês Pierre Boulle, aqui o que mais chama a atenção são os efeitos especiais que utilizam a técnica de motion capture desenvolvida em Avatar e permitem ao ator Andy Serkis, que veste a pele do chimpanzé César, um desempenho espetacular. O roteiro atual é apenas pretexto para a continuidade da saga, com os macacos já rebelados e os homens enfrentando uma epidemia mortal.