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Downey Jr. exorciza na tela os fantasmas da prisão e da droga

Ator que passou um ano preso e mais um bom tempo em clínicas de reabilitação conta que usou suas próprias experiências para compor o personagem de seu novo filme, cartaz do Sundance

Por Agencia Estado
Atualização:

Robert Downey Jr. está de volta ao mundo do cinema. Ele apresentou seu novo filme, The Singing Detective, no festival de cinema independente Sundance, que acontece no estado de Utah, nos EUA, até domingo. Indicado ao Oscar de melhor ator em 1992 por Chaplin, Downey Jr. regressa à tela grande depois de um sério problema por uso de drogas, que lhe rendeu um ano na prisão e outro tempo em clínicas de recuperação de dependentes químicos. The Singing Detective é uma fantasia musical sobre um escritor de romances policiais que sofre de uma grave doença nas articulações. A história é uma adaptação de uma minissérie de mesmo nome que foi transmitida nos Estados Unidos em 1986, escrita por Dennis Potter, um autor que morreu em 1994 da mesma doença que legou ao personagem. Downey Jr. assume que usou suas próprias experiências como drogado e preso para encarnar o personagem de seu novo filme. "Fala-se muito em utilizar a dor como arma, e não há nada melhor para alguém que abusou tanto das drogas como eu", disse o ator. Os problemas de Downey Jr. com drogas começaram em 1996, quando a polícia encontrou em seu carro cocaína, heroína e um revólver. Há seis meses, depois de passar três anos em liberdade condicional, ele conseguiu convencer um juiz que ficou um ano sem consumir drogas ou álcool e assim obteve a liberdade plena. Em seu novo filme, Downey Jr. contracena com Robin Wright Penn, Katie Holmes e Mel Gibson, cuja produtora é responsável pelo filme e agora quer achar uma distribuidora no Sundance. O diretor de The Singing Detective, Keith Gordon, é so elogios a Downey Jr. "É uma pessoa muito agradável, tem um grande coração e sejam quais forem suas lutas pessoais, agora ele parece estar totalmente recuperado."

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