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Documentário analisa vitórias do Brasil no ano de 1958

José Carlos Asbeg procura identificar outras razões para euforia que tomou conta do País 50 anos atrás

Por Rodrigo Zavala e da Reuters
Atualização:

O documentário 1958 - O Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil, de José Carlos Asbeg, procura identificar outras razões para a euforia que tomou conta do País cinquenta anos atrás, além da primeira conquista de uma Copa do Mundo de futebol. O filme estréia em São Paulo e no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 13. Veja também: Trailer de '1958, O Ano em Que o Mundo Descobriu o Brasil'   O diretor faz mais do que retratar uma seleção que partiu para a Suécia desacreditada por boa parte de brasileiros e massacrada pela imprensa. Para ele, 1958 foi o ano em que o Brasil não foi apenas futebol. Nas imagens deste documentário, é possível ver o rosto impaciente do então presidente Juscelino Kubitschek, tanto como ouvir os comentários ferinos de Nelson Rodrigues (cronista de futebol na época). Eles traduzem o que parecia óbvio: mais do que vencer um campeonato, o país precisava de ídolos e de uma idéia de nação. Na prática, a primeira conquista da taça Jules Rimet ajudou a reforçar o clima já positivo que tomava conta do Brasil. E Asbeg capta isso nos depoimentos de Paulo Machado de Carvalho, Djalma Santos, Didi, Garrincha, além de outras figuras importantes das equipes derrotadas pela campanha brasileira naquele ano. Surpreendentemente, não há entrevista com Pelé, a sensação do time revelada justamente naquela Copa. Bem-editado e com uma trilha sonora incidental impecável, o diretor faz um filme para todos, especialmente para aqueles que não gostam de futebol. Combina ao mesmo tempo humor e precisão jornalística. Em meio à vitória brasileira na Copa de 1958, há espaço para torcer, lembrar, se impressionar e até encontrar mais razões para valorizar o Brasil.

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