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Diretor Bruno Safadi estréia drama 'Meu Nome é Dindi'

Nome do cineasta pode ser associado à ousadia e à busca de novas linguagens; Djin Sganzerla está no elenco

Por Neusa Barbosa e da Reuters
Atualização:

Vencedor do prêmio de melhor diretor estreante no Festival de Tiradentes (MG) deste ano com Meu Nome é Dindi, Bruno Safadi é um jovem cineasta cujo nome pode ser associado à ousadia e à busca de novas linguagens. O filme estréia em São Paulo e no Rio de Janeiro na sexta-feira, 7. Veja também: Trailer de 'Meu Nome é Dindi'  Colaborador do carioca Julio Bressane em Dias de Nietszche em Turim (2001, do qual foi montador), além de assistente de direção em Filme de Amor (2003) e Cleópatra (2007), Safadi segue um estilo semelhante ao daquele diretor, contando sua história de maneira não-linear e recorrendo a diversas referências de outras épocas do cinema brasileiro - como a liberdade narrativa do chamado Cinema Marginal, dos anos 60 e 70, à qual pertenceram o próprio Bressane e o diretor Rogério Sganzerla (1946-2004). A heroína do filme é Dindi (Djin Sganzerla, melhor atriz coadjuvante em Brasília 2007 por Falsa Loura), a aflita dona da arruinada quitanda Bananeira. A moça vive momentos de terror, pois pegou dinheiro emprestado com um açougueiro agiota (Carlo Mossy). Como ela não pode pagar a dívida, ele agora a está ameaçando de morte. Enquanto quebra a cabeça procurando uma saída, Dindi passeia na praia com o namorado soldado (Gustavo Falcão, A Máquina). Durante o passeio, Dindi conta ao rapaz a história de seus pais e a sua própria, indicando a origem de seu nome - que vem da famosa canção de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira. O casal se vê seguido na praia por um palhaço (Nildo Parente), que lhes parece ameaçador e provoca uma reação desesperada dos dois. A verdadeira história daquele homem, porém, está contida numa fita VHS. Este último detalhe leva a crer que Safadi esteja procurando também falar do cinema, seus formatos e sua linguagem. Como de muitas outras coisas. Meu Nome é Dindi é interessante justamente por essa vontade de falar de muitos assuntos de um modo original.

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