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Dez anos do Festival de Cinema Brasileiro de Miami

Organizadoras do evento, que começa nesta sexta-feira com A Dona da História na praia, levam sua fórmula para Barcelona em setembro

Por Agencia Estado
Atualização:

O Festival de Cinema Brasileiro de Miami completa dez anos hoje, com a sessão na praia de A Dona de História. E há vários motivos para comemorar. Nesta década, as criadoras do festival, as sócias e irmãs Cláudia e Adriana Dutra e Viviane Spinelli, formaram uma vitrine do cinema nacional em terras estrangeiras e estabeleceram uma fórmula que já ganhou similar em Nova York e que agora elas levam para a Espanha. Em setembro, será realizado o primeiro Festival de Cinema Brasileiro de Barcelona, que terá, como sempre fazem questão, a sessão abertura ao ar livre, no famoso Parque Guel. ?Quando nascemos, o cinema brasileiro iniciava a chamada retomada e queríamos mostrar e vender a produção nacional no exterior. Hoje, há o de Paris, de Israel, Alemanha e até Colômbia, mas o nosso festival foi pioneiro?, comenta Cláudia. Enquanto setembro não chega, o Festival de Miami concentra seu foco nos profissionais que ajudaram a tornar o festival parte do calendário oficial da cidade. ?Vamos homenagear 20 personalidades que nos ajudaram a consolidar o evento. Romero Britto criou estatuetas para estas premiações, que serão entregues não para gente famosa, mas para quem sempre trabalhou com a gente?, conta Cláudia. As personalidades de cinema homenageadas neste ano são Betty Faria e Nelson Pereira dos Santos, que concorre no festival com seu recente Brasília 18%. Entre os 11 longas em competição no festival, que recebe cerca de 30 mil espectadores por edição, apenas um filme é inédito em festivais e circuito nacional: Veias e Vinhos, de João Batista de Andrade. Mas as organizadoras não parecem preocupadas com o ineditismo. ?Não é nossa intenção. Queremos colocar o cinema brasileiro em foco nos Estados Unidos. Não há como exigir que os cineastas esperem seis meses para estrear seus filmes aqui enquanto acontecem outros festivais importantes pelo mundo?, explica Cláudia, que acrescenta: ?Nosso intuito é o mercado. Sempre foi. É mostrar a produção brasileira fora do País. E não há comparação quando há um festival inteiramente dedicado ao tema. Muitas vezes funciona mais do que mostrar apenas um filme nacional em um grande festival. Se o filme decola, é ótimo. Mas se o filme não decola, não há outras opções para os profissionais estrangeiros que acompanham estes festivais?, explica a produtora, que ressalta a importância do Marketplace, seminário que discute os rumos do cinema e da comercialização de filmes e conta com profissionais da área brasileiros e do exterior.

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