De Niro diz que greve em Hollywood 'não é uma boa idéia'

Ator norte-americano acredita que problemas na divisão de lucro podem ser resolvidos 'em alguns anos'

PUBLICIDADE

Por EFE
Atualização:

O ator norte-americano Robert De Niro, estrela do 43º Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary (República Tcheca), dissuadiu neste sábado, 5, seus colegas de Hollywood de entrarem em greve, e afirmou que a idéia "não parece boa".   "Não é um bom momento para entrar em greve", declarou à imprensa De Niro, que recebeu na sexta o Globo de Cristal por sua trajetória cinematográfica. "Acho que estes problemas poderiam ser solucionados em alguns anos, e isso os atores poderiam fazer independentemente", acrescentou.   O Screen Actors Guild (SAG), o maior sindicato de atores de Hollywood, adiou para a próxima semana sua decisão sobre o acordo trabalhista proposto pelos estúdios, esperando saber se haverá apoio suficiente para a greve. Os representantes das produtoras, a Alliance of Motion Pictures and Television Producers (AMPTP), e dos atores afiliados ao SAG e à American Federation of Television and Radio Artists (Aftra), entre outros, estão há um mês em queda-de-braço por causa dos lucros derivados dos novos formatos de difusão e dos dividendos recebidos pelos atores pela comercialização de DVDs.   Ao ser perguntado sobre as razões que o mantêm em evidência há mais de 30 anos, quando recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1974, por O Poderoso Chefão 2, De Niro afirmou que tem "sorte". O ator disse ter interesse em rodar uma seqüência de O Bom Pastor, filme sobre a CIA (Agência de Inteligência Americana) dirigido por ele, e afirmou querer fazer "pelo menos mais um filme" com Martin Scorsese, com quem trabalhou intensamente na década de 1970.   Ele afirmou ter uma "grande relação criativa" com Scorsese, e que os dois poderiam "começar a filmar em um ano ou um ano e meio". O filme que abriu o festival foi What Just Happened, um drama familiar produzido por De Niro, no qual o protagonista, interpretado por ele mesmo, é um produtor de cinema que naufraga em sua vida privada.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.