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Daniel Filho volta como ator em "Querido Estranho"

Baseado na peça Intensa Magia, de Maria Adelaide Amaral, filme retrata conflitos familiares em torno da figura paterna. Leia mais sobre as outras estréias da semana: "Starsky and Hutch" é diversão ao som de discoteca Irmãs Olsen na estréia de "No Pique de Nova York" "Brilho Eterno" prende atenção pelo roteiro "Paixão" de Godard mistura pintura e religião Na tela, o poder transformador da literatura

Por Agencia Estado
Atualização:

Chega hoje aos cinemas o brasileiro Querido Estranho, de Ricardo Pinto e Silva baseado no peça Intensa Magia, de Maria Adelaide Amaral. O texto é um dos trabalhos mais pessoais de Maria Adelaide - o filme mostra como a festa de aniversário do patriarca Alberto se transforma em um acerto de contas em família, em que disputas, ciúmes e velhos ressentimentos são colocados à mesa com um humor ríspido, mas sincero. "Escrevi Intensa Magia pensando em meu pai. Ricardo foi fiel ao espírito da minha história. Meu pai não era o marido que minha mãe gostaria de ter, nem o pai que teríamos desejado e a recíproca era verdadeira. E a essência desse relacionamento está no filme", conta a dramaturga, que não participou da adaptação do texto. O filme marca a volta de Daniel Filho como ator de cinema, depois de 17 anos. Completam o elenco Suely Franco, como a mãe Roma; Claudia Netto, no papel da filha Zezé; Emílio de Melo, é Betinho, o filho; Ana Beatriz Nogueira, vive Teresa, a outra filha; e Mario Schoemberger, como o noivo Carlos Alfredo. O diretor buscou mostrar a naturalidade do cotidiano de uma família de classe média brasileira. Para isso, cuidou de detalhes, como os territórios ocupados pelo pai e pela mãe dentro de casa: enquanto os recantos de Alberto são focalizados com cores mais frias, simbolizando a figura opressora e temida, o espaço de Roma é apresentado com cores quentes, representando o aconchego e o calor humano. Silva acredita na boa aceitação de sua história ao observar o sucesso de filmes como O Filho da Noiva que tratam de temas aparentemente banais, mas muito próximos das pessoas. "E é isso o que oferece o texto de Maria Adelaide", diz.

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