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"Contra Todos" aborda a violência na periferia

O filme conta a história de um matador que destrói todas as suas relações com familiares e amigos por causa de seu trabalho

Por Agencia Estado
Atualização:

Contra Todos, filme de estréia de Roberto Moreira que entra em cartaz hoje, tem um conteúdo não muito diferente do explorado por filmes como Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, e O Invasor, de Beto Brant. "Queria entender como as pessoas violentas vivem a violência. A violência individual leva à aniquilação de todos, de uma família inteira", explica o diretor. O filme mostra a história de um matador, Teodoro (Giulio Lopes), que destrói todas as suas relações com familiares e amigos por causa de sua "profissão". Cada personagem tem conflitos, aspirações e desejos não resolvidos. Teodoro quer ter uma vida honesta, pretende se casar com uma evangélica e fugir de São Paulo. Enquanto isso, vive em uma casa de classe média baixa com sua segunda mulher Cláudia (Leona Cavalli) e sua filha Soninha (Silvia Lourenço). Cláudia é uma romântica. Soninha, adolescente, se droga e deseja o amigo do pai, Waldomiro (Ailton Graça), personagem chave do final. "Como em Cidade de Deus, minha idéia era fazer o público não piscar", diz Moreira, que admite semelhanças com o longa de Fernando Meirelles. "Cidade de Deus é um marco da verossimilhança no cinema. A naturalidade dos atores e a narrativa eficiente são coisas em comum." Com orçamento pequeno, Contra Todos foi rodado em vídeo digital. Com estréia em 20 cópias, foi premiado no Festival de Natal, Cine PE e Festival do Rio 2004.

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