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Três críticos do Estado falam sobre os filmes que já viram (e os que não querem perder) nesta edição da Mostra

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Por Redação
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RAFAEL BARION | Tenho duas certezas e muitas desconfianças sobre os 424 títulos da programação da Mostra deste ano. É certo, para mim, que Seguindo em Frente (1), do japonês Hirokazu Kore-Eda, é um filme que você não deveria perder - e que 35 Doses de Rum (2), da francesa Claire Denis, cai muito bem no topo da lista de prioridades de qualquer um. São dois olhares sobre a rotina de duas famílias - em que belos momentos surgem sem que nada de muito extraordinário aconteça. Minhas desconfianças: se os filmes de Christophe Honoré (Making Plans For Lena), Michael Haneke (A Fita Branca) e Corneliu Porumboiu (Polícia, Adjetivo) forem tão interessantes quanto os anteriores, não há porque não garantir um ingresso para as suas sessões.

 

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LUIZ CARLOS MERTEN | Está tão cheio de atrações este primeiro dia (23) da Mostra que o público deveria ter direito a descansar, amanhã, para se recuperar dos 20 (ou mais...) bons filmes disponíveis hoje. Se for para escolher entre os sul-coreanos, vá de Mother, de Bong Joon-Ho, que é melhor do que Sede de Sangue, de Park Chan-Wook. O Almodóvar é ótimo, Abraços Partidos, sobre duplos, com uma Penelope Cruz arrasadora, e você também vai querer conferir se Michael Haneke merecia, ou não, a Palma de Ouro por A Fita Branca. Cinéfilos gastrônomos vão se deliciar com Julie & Julia (2), de Nora Ephron. Mas se for escolher um só filme, hoje, que seja o de Resnais, Ervas Daninhas (1).

 

UBIRATAN BRASIL | Apostar no escuro é a melhor forma de aproveitar a Mostra. O desconhecido Metropia (1), uma animação sueca, pode ser uma experiência fascinante, a julgar pelas imagens. Por falar em animações, O Fantástico Sr. Raposo chega bem credenciado, com Wes Anderson assinando a direção. Também há figuras estranhas no alemão O Bloco dos Desesperados (2), sobre um edifício (quase cortiço) onde convivem figuras ímpares, como uma religiosa que decide confrontar Deus e comete os 10 pecados capitais. Mais barra-pesada, o canadense Outro Mundo tem uma narração densa, aliviada por belas imagens, ao acompanhar o retorno de um homem às Filipinas, onde descobre ter um irmão travesti. Outra aposta GLS interessante pode ser a comédia sueca Patrik 1,5, na qual um casal gay adota um bebê e, por erro da instituição, recebe um adolescente preconceituoso.

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