
02 de fevereiro de 2021 | 12h15
A cerimônia de entrega do Prêmio Goya, o principal do cinema espanhol, será finalmente realizada - com os indicados conectando-se por teleconferência com os apresentadores, o ator Antonio Banderas e a jornalista María Casado, para evitar o contágio por coronavírus -, anunciou nesta terça-feira, 2, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha
O diretor e roteirista Mariano Barrioso, que dirige a Academia Eespanhola, disse que a emergência sanitária impossibilita considerar que a cerimônia de gala de 6 de março possa ser realizada com convidados caminhando no tapete vermelho e pessoalmente em um teatro. A cerimônia, no entanto, continuará sendo sediada no Teatro Soho em Málaga, cidade natal de Banderas no sudeste da Espanha, e contará com apresentações musicais, segundo disse Barroso em uma coletiva de imprensa.
Mesmo que o ritmo de expansão do vírus tenha abrandado na última semana depois de mais de 800 mil novas infecções registradas em janeiro e que os especialistas atribuem às comemorações do Natal e do Ano Novo, a pressão sobre os hospitais não diminui. Pacientes com covid-19 ocupam quase metade da capacidade máxima dos leitos de UTI.
Banderas, que foi contratado para dirigir e apresentar a cerimônia junto com Casado, um rosto reconhecido e voz familiar da rádio e televisão públicas espanholas, disse que ambos farão tudo o que puderem para tornar a cerimônia virtual “algo muito especial”. “Nós vamos fazer isso, será uma gala decente e elegante”, disse Banderas na entrevista coletiva. “Você tem que saber como passar pelas fendas que a realidade nos deixa com coragem e bravura, e com toda a ilusão.”
Adú, um filme que narra a jornada de duas crianças camaronesas rumo à Europa, recebeu 13 indicações e é o favorito nesta 35.ª edição do Goya Awards.
Na sequência estão Las Niñas, obra de estreia de Pilar Palomero que descreve o salto para a adolescência de sua protagonista na Espanha dos anos 90, e Akelarre, filme do argentino Pablo Agüero sobre a caça às bruxas no País Basco.
O documentário chileno El Agente Topo, de Maite Alberdi; o filme colombiano El Olvido que Seremos, dirigido pelo espanhol Fernando Trueba; os guatemaltecos La Llorona, de Jayro Bustamante, e Ya No Soy Aquí, de Fernando Frías e representando o México, concorrem ao prêmio de melhor filme iberoamericano.
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