Começa o Festival do Cinema Brasileiro de Paris

Serão exibidos 21 filmes inéditos nos cinemas franceses, entre curtas e longas-metragens. A Máquina, de João Falcão, abre hoje o festival

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Por Agencia Estado
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O histórico cinema Arlequin, no centro de Paris, exibirá 21 filmes brasileiros inéditos nos cinemas franceses, entre curtas e longas-metragens durante a 8.ª edição do evento que começa nesta quarta-feira e prossegue até 2 de maio, na capital francesa. O evento do ano passado atraiu mais de 6 mil pessoas. O festival contará com a presença de diretores como Lírio Ferreira, que traz um pouco de suas memórias de uma infância sertaneja em Árido Movie, Sérgio Machado, roteirista e diretor do premiado Cidade Baixa, Toni Venturi, com Cabra-Cega. A Máquina, do diretor João Falcão, adaptado do livro homônimo de sua mulher, Adriana Falcão, que também já ganhou uma versão para ao teatro, abre o festival com a presença dos autores, segundo informa os organizadores da mostra. Hoje, serão exibidos curtas-metragens em competição e os longas Crime Delicado, de Beto Brant e Notícias de uma Guerra Particular, de João Moreira Salles e Kátia Lund. A festa de abertura conta com a participação do DJ Dolores, já conhecido do público parisiense após um grande show no ano passado, com músicas de seu CD Aparelhagem. Prêmio do Júri Profissional e o Prêmio do Público. Aspirantes a cineastas, alunos de duas escolas francesas de cinema julgarão os oito curta-metragens que também estarão na disputa pelo prêmio. A programação segue com a exibição dos cinco longas, fora de competição, além dos documentários selecionados para o Festival. Cinema Social O trabalho de inserção social e reflexão crítica desenvolvido com jovens de comunidades menos favorecidas no Brasil por associações como a carioca Nós do Cinema ganha destaque no Festival. Cinco documentários produzidos pelos alunos da associação foram escolhidos por uma das fundadoras do projeto, a diretora Kátia Lund. Desliga, que tem direção coletiva dos alunos da associação, Sonho de Criança de Débora Herszenhut, Júlio César Siqueira e Sylke Abdinghoff, os documentários Vida Nova com Favela, de Luis Carlos Nascimento, Vou Ter um Filho, de Dávila Pontes e João Cândido e a Revolta das Chibatas foram os selecionados por Kátia Lund e estréiam no Festival nos dias 27 e 28. O curta-metragem Neguinho e Kika Luciano Vidigal foi realizado pelos alunos da associação Nós do Morro, convidada para a edição do próximo ano. Listar os filmes Kátia Lund também obteve "carta branca" na seleção de cinco longas-metragens, que fazem parte dos que serão julgados entre filmes em competição e fora de competição, a começar na tarde do dia 26 com Crime Delicado, de Beto Brant, seguido de Notícias de uma Guerra Privada, que tem sua direção em conjunto com João Moreira Salles, além do filme de abertura do Festival, A Máquina, de João Falcão. Árido Movie, de Lírio Ferreira e Soy Cuba, o Mamute Siberiano , de Vicente Ferraz fecham a "carta branca " de Kátia Lund. Mercado do Filme Brasileiro Estréia também no Festival o Mercado do Filme Brasileiro, que junto à empresa brasileira de distribuição internacional Elo Audiovisual, abrirá um espaço para que profissionais da área cinematográfica dos dois países possam ampliar a distribuição de filmes brasileiros em território francês. No dia 27, já estão confirmadas para os encontros e mesas-redondas as presenças de Lúcia Murat, Paulo Thiago, Lírio Ferreira e João Falcão. Exposição Olhares sobre a São Remo A exposição Olhares sobre São Remo mostra as ruas da favela. Além do francês Benjamim Seroussi, quatro brasileiras terão suas fotos expostas: a arte-educadora Mônica Cardim, a jornalista Marcela Mattos e as fotógrafas Adriana Elia e Juliana Bruce; Yoko Dupuis, estudante alemã de fotografia, também participou do projeto em São Remo.

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