Começa o 8º Festival de Cinema e Vídeo de Vitória

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Por Agencia Estado
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É o oitavo Festival de Cinema e Vídeo de Vitória e o quinto em que a mostra nacional é competitiva. Começou oficialmente hoje, com a projeção de curtas em competição. Os longas começam a passar somente amanhã. O primeiro a ser exibido será Domésticas, de Nando Olival e Fernando Meireles, que ganha sessão especial na Curva da Jurema, na Praia do Canto. A partir de quarta-feira, os demais quatro longas que integram a programação serão todos exibidos no Cine Glória, no centro da capital do Espírito Santo. Pela ordem: Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho; O Fim do sem Fim, de Cao Guimarães, Lucas Bambozzi e Beto Magalhães; Urbânia, de Flávio Frederico; e O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Jr. Todos passam de graça e Cao Guimarães aproveita a estada em Vitória para fazer o lançamento do livro Histórias do não Ver. Até para justificar o nome, o Vitória Cine Vídeo vai exibir muitos curtas e médias para cinema e vídeo. São eles que formam a mostra competitiva. Organizadora (com Lúcia Caus e Orlando da Rosa Faria) do evento, Beatriz Lindenberg conta que se trata de uma realização da Galpão, empresa criada para desenvolver projetos ligados a cinema no Espírito Santo. A Galpão e o trio promovem também o Cinema na Praia, que mobiliza multidões na Curva da Jurema e este ano levou o cinema itinerante a outras nove prais do litoral capixaba. Beatriz tem idéias muito claras de objetivos a concretizar: "Queremos dar um panorama bastante amplo do que se faz hoje de cinema e vídeo no Brasil e também integrar o Espírito Santo ao circuito de debate e valorização do cinema brasileiro." Ela lembra que, logo após a era Collor, o Estado foi o primeiro a criar uma linha de financiamento, senão um pólo de incentivo à produção. Isso permitiu a realização de filmes como Lamarca, de Sérgio Rezende, e Moças de Fino Trato, de Paulo Thiago. Mas não contribuiu muito - os filmes eram feitos por equipes de fora, sem valorização da mão de obra local - para o que a Galpão e o Vitória Cine Vídeo se propõem: criar uma referência cultural no Espírito Santo, incentivar o intercâmbio e facilitar o acesso a quem que ver (e fazer) cinema. São 35 filmes de curta e média-metragem e 39 vídeos. Os curtas não fogem muito ao que tem sido visto em outros festivais: O Sanduíche, de Jorge Furtado; A Canga, de Marcos Villar; Palíndromo, de Philippe Barcinski; Distraída para a Morte, de Jefferson De; Coruja, de Márcia Derraik e Simp Neto; e Sinistro, de Renê Sampaio são alguns dos melhores. Os vídeos selecionados incluem títulos como: Pagu - Livre na Imaginação, de Marcello Tassara e Rudá Andrade; e Paisagens Invisíveis, de Paschoal Samora, que integra a série Ao Sul da Paisagem. Com patrocínio da BR Distribuidora, da Eletrobrás, da Prefeitura de Vitória e da Telemar, o festival propõe este ano seis oficinas: de cinema e animação, trilha sonora, animação, roteiro para TV, roteiro para curta e produção cinematográfica. No quadro do Vitória Cine Vídeo se realiza também um concurso para roteiros de curtas capixabas, que recebem prêmios em dinheiro e também em serviços (latas de negativos da Kodak, equipamentos da Quanta). É a quarta edição do concurso e a primeira foi vencida por Macabéia, de Erly Vieira Jr., exibido com sucesso em vários festivais nacionais.

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