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Começa hoje o 14.º Videobrasil

Em 2003, festival tem como destaque a produção de vídeos libanesa

Por Agencia Estado
Atualização:

Na sede da Associação Cultural Videobrasil, em São Paulo, há um mapa-múndi de ponta-cabeça. Na parede, simboliza o grande eixo curatorial da 14.ª edição do Festival Internacional de Arte Eletrônica - Videobrasil, que agora comemora a data redonda de 20 anos e será inaugurado hoje no Sesc Pompéia. A produção de arte eletrônica produzida no sul - entretanto, não-geográfico, que representa os "países em desenvolvimento e isso inclui mesmo os que estão na Europa", como diz a curadora Solange Farkas - é o mote do festival, que nesta edição tem como destaque os vídeos realizados no Líbano. Solange é diretora da Videobrasil e curadora geral do festival, realizado pelo Sesc São Paulo, que também patrocina o evento em parceria com o Ministério da Cultura e a Prince Claus Fonds, da Holanda. O investimento é de cerca de R$ 2 milhões. Hoje, na abertura para convidados, será inaugurada a exposição Narrativas Possíveis do Líbano e prestada uma homenagem ao poeta morto em maio Waly Salomão, que fazia parte do conselho de programação. E, entre amanhã e domingo, ocorrerá a mostra competitiva com vídeos de vários países. O festival também contará com as mostras Panoramas - que traz, em especial, a produção realizada na África, Caribe, Cingapura, China, Egito, Hungria e México -, Investigações Contemporâneas, Retrospectiva e, ainda a Eixo Histórico, lembrando os 20 anos do Videobrasil. Além de palestras, debates e performances - como a de Luiz Duva, Desconstruindo Letícia Parente: Marca Registrada, na quinta, e Onde Estão os Heróis?, de Tadeu Jungle, no domingo. Desde 1990, o Videobrasil é bienal. Sua idéia inicial era mapear a produção realizada no País, mas a cada ano o festival foi se expandindo e englobando a produção de outros países, sempre norteado pelo eixo do "sul", como define Solange, um "recorte particular" da produção mundial. Esta edição tem como tema Deslocamentos - questão em sintonia em diversas regiões do globo - e, como destaque, o Líbano. "Há seis anos a produção de arte eletrônica libanesa vem crescendo em quantidade e qualidade", diz a curadora. "Até mesmo por estarem no meio do furacão, por sua localização", completa, sem deixar de considerar o lado político e as questões "contundentes" ligadas à sua região, o Oriente Médio. Identidade e nomadismo são algumas delas. 14.º Festival Internacional de Arte Eletrônica. Hoje, às 20 horas, abertura para convidados com a exposição Narrativas Possíveis do Líbano e homenagem a Waly Salomão. As exposições podem ser vistas até 19/10, de terça a sábado, das 10 às 21 horas; domingo e feriado, das 10 às 19h30. Entrada franca. Sesc Pompéia. Rua Clélia, 93, tel. 3871-7700. Até 19/10.

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