
09 de março de 2012 | 18h50
Mas quem acompanha o setor acha que ele pode se tornar um exemplo de filme caro e fracassado.
Fazer cinema em Hollywood sempre foi uma atividade inerentemente arriscada, mas "John Carter" é parte de uma tendência que aumenta o grau de incerteza: nos últimos anos, os estúdios têm reduzido o número de filmes produzidos, focando nos de maior orçamento.
Quando isso dá certo, o lucro dura vários anos, na forma de sequências cinematográficas, brinquedos, videogames e até parques temáticos. Um fracasso, por outro lado, pode custar dezenas de milhões de dólares.
O analista Alan Gould, da Evercore Partners, estima que "John Carter" pode dar um prejuízo de 165 milhões de dólares.
No ano passado, a Disney amargou perdas de 70 milhões de dólares por causa de "Marte Precisa de Mães". O estrago fez o faturamento do conglomerado ficar abaixo das expectativas dos analistas, e suas ações caíram 3 por cento.
A Warner também enfrentou esse problema, com "Lanterna Verde", que faturou apenas 222 milhões de dólares no mundo todo, depois de custar cerca de 200 milhões, segundo o site BoxOfficeMojo.com.
A cifra não inclui as dezenas de milhões de dólares que os estúdios costumam investir em divulgação de um filme desse orçamento.
(Por Lisa Richwine e Ronald Grover)
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