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Cinema brasileiro ganha duas mostras em NY

O cinema brasileiro vive bom momento em Nova York. O MoMA apresenta filmes atuais e o cineclube Anthology Film, do East Village, abre hoje uma mostra sobre a influênci africana no cinema brasileiro

Por Agencia Estado
Atualização:

O cinema brasileiro vive momento de boa exposição em Nova York. Na ressaca da boa repercussão de Cidade de Deus e Madame Satã, a produção nacional também ganha destaque na série Premiere Brazil, organizada pelo Museum of Modern Art (MoMA), e Cinema Favela, do Anthology Film Archives. A primeira destaca a produção recente, com trabalhos como Edifício Master, de Eduardo Coutinho, e Durval Discos, de Ana Muylaert, enquanto a outra é dedicada à presença africana no cinema brasileiro. Nem só de Oscar vive o filme nacional. Apesar de não ter conseguido levar a cobiçada estatueta desde que passou a ter uma presença mais marcante no mercado internacional, a partir do fim dos anos 90, a produção verde-e-amarela vem conseguindo formar uma categoria própria, que cada vez mais ganha atenção da crítica e, por conseqüência, do público. Se as mostras e temporadas ainda têm duração ou capacidade limitada, a freqüência de programas dedicados ao Brasil atraem dose inédita de atenção para diretores nacionais. O MoMA, que em 1998 realizou a consistente mostra Cinema Novo and Beyond, agora lança um evento anual dedicado a filmes brasileiros, um projeto que vem sendo encampado por veículos como New York Times, Village Voice e Time Out. Organizado em parceria com o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro e o Festival Brasileiro de Miami, o Premiere Brazil pretende mostrar, até o dia 28, a diversidade da produção recente. Além dos dois títulos citados anteriormente, estão na programação: Houve Uma Vez Dois Verões, de Jorge Furtado, Dois Perdidos Numa Noite Suja, de José Joffily, Janela da Alma, de João Jardim e Walter Carvalho, Separações, de Domingos Oliveira, Desmundo, de Alain Fresnot, e Militância, de Carlos Adriano. A retrospectiva também inclui o clássico Antonio das Mortes (O dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro), dirigido por Glauber Rocha em 1969. No bairro boêmio do East Village, o cineclube Anthology Film Archives organiza o Cinema Favela, que começa hoje e vai até o dia 31. A idéia do festival é mostrar a presença africana no cinema brasileiro, por meio de produções de diferentes épocas, misturando ficção com documentários de durações variadas. Estão na programação longa-metragens como Aleijadinho: Paixão, Glória e Tormento, de Geraldo Santos Pereira, Orfeu, de Cacá Diegues, Quem Matou Pixote?, de José Joffily, Natal da Portela, de Paulo Cezar Saraceni, e (estreando em Nova York) Radio Favela, de Helveccio Ratton. A mostra também traz os documentários Odo Ya!, de Tânia Cypriano, Abolição, de Sozimo Bulbul, e A Negação do Brasil, de Joel Zito Araujo.

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