Cinema argentino espanta a crise e bate recorde

Produção chega em 2003 à marca de 50 filmes por ano, o dobro do registrado nos anos 80 e 90, e alcança com êxito o mercado mundial

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Por Agencia Estado
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Driblando a crise econômica, o cinema argentino vai fechar o ano de 2003 com um saldo recorde de 50 filmes. O número, que inclui co-produções com países da Europa, equivale ao dobro da média que o país registrou nos anos 80 e 90. Supera também as últimas marcas do cinema brasileiro, de até 30 estréias ao ano. O balanço argentino é do Instituto Nacional do Cine e Artes Audiovisuais. A entidade funciona como uma autarquia para subsidiar a produção argentina com os 10% que recolhe do preço do ingresso e aluguel de vídeos, somados a impostos sobre anúncios publicitários. "Tem gente achando que estamos virando Hollywood. E a prova é a quantidade de estudantes de cinema. O problema é que ainda não temos lugar para todo mundo", afirmou à BBC um assessor do INCAA. A Argentina tem cerca de 12 mil alunos de cinema por ano, em mais de 40 escolas. O boom do cinema argentino pode ser conferido no volume de produções que ganham exposição internacional, tanto no circuito comercial como nos festivais. São exemplos recentes desta nova safra produções como O Filho da Noiva, Nove Rainhas e Lugares Comuns. Albertina Carri, cineasta de Los Rubios, diz que "o cinema argentino está na moda". "Por vários motivos: qualidade, olhar diferente e, principalmente, pela criatividade e pelo interesse que a Argentina despertou após a crise." As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui.

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