Cineasta francês Chris Marker morre aos 91 anos

Marker assinou aproximadamente 50 documentários que influenciaram o cinema mundial

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

O cineasta, fotógrafo, escritor e filósofo francês Chris Marker, que teve uma longa e destacada trajetória na produção de documentários, morreu neste domingo, 29, em Paris aos 91 anos, informou nesta segunda-feira, 30, a imprensa local.

PUBLICIDADE

Segundo o jornal L'Express, Marker era o paradoxo de um criador, que, por sua vez, seguia uma carreira própria e a serviço dos demais, criando e participando de decisivas experiências artísticas e políticas, como a obra coletiva Loin du Vietnã.

O presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob, foi um dos primeiros a prestar homenagem ao artista francês. Através de uma mensagem no Twitter, Jacob declara que o mundo perdeu um "cineasta infatigável, um poeta apaixonado, um personagem secreto e um imenso talento".

Nascido como Christian-François Bouche-Villeneuve em 1921, Marker assinou aproximadamente 50 documentários, que, segundo a Cinemateca francesa, "influenciaram profundamente o cinema mundial" e abordaram as principais mudanças do século XX.

O curta-metragem de ficção científica La Jetée (1962), além de lhe tornar reconhecido, também aumentou sua projeção internacional, especialmente depois de servir de inspiração para o filme Os 12 Macacos, dirigido por Terry Gilliam e protagonizado por Bruce Willis.

De acordo com a imprensa francesa, Marker viajou, escreveu e se dedicou aos seus temas prediletos, como "a nostalgia do passado", mas também colaborou com conhecidos artistas, caso de Alain Resnais (Hiroshima mon amour) e Costa Gavras (Z).

Em comunicado, a Cinemateca considera que Marker é fruto de uma "arte de montagem poética" e "uma maneira desconhecida de olhar o mundo", enquanto companheiros como Gavras exaltam sua dedicação "às lutas operárias e aos combates pela emancipação e independência".

Publicidade

 

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.