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Cineasta brasileiro é premiado em Veneza e critica Bolsonaro

'Deserto Particular', de Aly Muritiba, faturou o prêmio do público nas Jornadas dos Autores

Por ANSA
Atualização:

O filme Deserto Particular, do cineasta brasileiro Aly Muritiba, foi premiado em uma mostra paralela do Festival de Veneza, que termina neste sábado, 11.

Cena do filme 'Deserto Particular', de Aly Muritiba. Foto: Grafo Audiovisual

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Com 62,6% dos votos, o longa faturou o prêmio do público nas Jornadas dos Autores, competição organizada por associações de cineastas italianos e inspirada na Quinzena dos Realizadores de Cannes.

Deserto Particular conta a história de Daniel, um policial exemplar de Curitiba que acaba colocando sua carreira em risco ao cometer um erro. Quando Sara, a mulher com quem mantém uma relação virtual, para de responder suas mensagens, ele decide viajar ao Nordeste para procurá-la.

Em comunicado divulgado após a premiação, Muritiba disse que seu filme é sobre "encontros" e aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro. "Desde 2016, com o golpe que tirou do poder uma presidenta democraticamente eleita, minha geração, formada depois da ditadura militar, enfrenta o momento mais dramático de sua existência", disse.

Segundo o cineasta, o Brasil mergulhou em uma "espiral de ódio que culminou com a ascensão de um fascista como presidente". "Depois da eleição de Bolsonaro, todas as minorias passaram a ser sistematicamente perseguidas. Essa época de ódio me motivou quando decidi sobre o que seria meu próximo filme. Faria uma obra sobre encontros. Nesse momento de ódio, resolvi fazer um filme sobre o amor", acrescentou.

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