19 de junho de 2014 | 12h16
O dinheiro servirá para produzir de cinco a dez filmes por ano, e para construir cinemas principalmente nas regiões mais pobres do oeste e do centro do país, afirmou a agência oficial de notícias do governo chinês Xinhua.
"O fundo de desenvolvimento da cultura vai promover especificamente a tecnologia de produção cinematográfica, ajudar a exportar filmes chineses, investir em produções comerciais e produzir websites para filmes", informou a agência.
A Xinhua não disse por quantos anos o governo vai oferecer o financiamento.
Bancos serão incentivados a emprestar dinheiro para o setor, produtoras serão encorajadas a emitir ações e títulos para o mercado financeiro e companhias seguradoras serão estimuladas a comprar participações em empresas do setor cinematográfico, acrescentou a agência.
As bilheterias chinesas são tradicionalmente dominadas por filmes de Hollywood, mas os filmes chineses ultrapassaram os rivais norte-americanos em 2013, abocanhando mais de 58 por cento das bilheterias, de acordo com a imprensa estatal, o que fez o governo acreditar nos investimentos para impulsionar o talento nacional.
Estúdios dos Estados Unidos já começaram a tomar medidas para atrair o interesse das crescentes bilheterias chinesas, que bateram a casa dos 21,8 bilhões de iuanes no ano passado.
Companhias produtoras como a Paramount Picture, da Viacom, e a DreamWorks Animation SKG já contrataram atores chineses e estabeleceram co-produções com companhias chinesas para fazer incursões no mercado da China.
Mas os draconianos reguladores do cinema chinês tem um pulso firme sobre o mercado, controlando a entrada de filmes estrangeiros para proteger a participação dos filmes domésticos nos cinemas do país.
(Reportagem de Ben Blanchard)
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