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'Chéri' tem Michelle Pfeiffer no papel de uma cortesã

Diretor inglês Stephen Frears volta ao filme de época em que o conflito entre amor e erotismo é fundamental

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Por Redação
Atualização:

Vinte e um anos depois de "Ligações Perigosas", o diretor inglês Stephen Frears voltou a se unir ao roteirista Christopher Hampton e à atriz Michelle Pfeiffer para fazer "Chéri", outro filme de época em que o conflito entre amor e erotismo é fundamental.

 

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Mais uma vez trata-se da adaptação de uma obra literária. No caso, o romance homônimo escrito em 1920 pela francesa Colette (1873-1954).

Lea de Lonval (Michelle Pfeiffer) é uma cortesã francesa que considera a ideia da aposentadoria depois do rompimento com o último amante. Ela tem 49 anos e nunca se apaixonou. Agora, pensa em aproveitar o resto da vida e o bom patrimônio que acumulou.

Visitando a ex-rival e agora amiga, Charlotte Peloux (Kathy Bates, de "Foi Apenas um Sonho"), Lea assume a missão de levar consigo para férias o filho desta, seu afilhado Chéri (Rupert Friend), de 19 anos. O rapaz anda se consumindo em farras e bebedeiras, o que preocupa a mãe.

Lea e Chéri viajam à bela propriedade dela na Normandia. Mas o que se previa como uma diversão de fim de semana transforma-se num relacionamento de seis anos.

Diante disso, a mãe de Chéri muda de atitude. Arranja um casamento para o filho, que o tornará mais rico com os bens da jovem Edmée (Felicity Jones). Que, aliás, é filha de outra cortesã, Marie Laure (a dinamarquesa Iben Hjejle, de "O Grande Chefe").

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Aparentemente, Lea foi preparada a vida toda para separações. Neste caso um rompimento parecia inevitável, tendo em vista também a grande diferença de idade entre os amantes. O casamento dele, porém, precipita uma crise de depressão nela. Contra sua própria expectativa, a experiente Lea descobre-se apaixonada de verdade. E o mesmo pode ter acontecido com o cínico Chéri.

A grande semelhança que une "Chéri" a "Ligações Perigosas" - embora este último seja bem mais denso - é justamente a quebra de uma certeza cínica da impossibilidade do amor para quem costuma tratá-lo como mercadoria ou estratégia de manipulação.

O componente extra aqui é a idade. Lea é uma cortesã que planeja a aposentadoria também por conta de sua inevitável chegada. O fato de ser interpretada por uma atriz que tem praticamente a mesma idade da personagem (hoje, 51 anos) torna-se quase uma ironia, dada a beleza impecável de Michelle Pfeiffer, preservada ao longo dos anos.

Na vida real, no entanto, não é bem assim. Atrizes da idade de Michelle em Hollywood costumam ter muito trabalho para se reinventar e manter-se ativas, sendo consideradas riscos de bilheteria e aptas a serem substituídas por colegas muito mais jovens - uma situação, aliás, que não é privativa da profissão de ator.  (Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

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