Charlize Theron incentiva mulheres a exigirem salários iguais

Atriz afirma que é preciso lutar pela igualdade e ter orgulho de ser feminista

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Por Maria Caspani
Atualização:
Charlize Theron na chegada à première do longa 'Mad Max - Estrada da Fúria', em Los Angeles Foto: AP

Depois de negociar um salário igual ao do coprotagonista de seu novo filme, a atriz Charlize Theron conclamou outras mulheres a se manifestarem quando o assunto é salários iguais.

Charlize disse ter ficado revoltada quando e-mails vazados da Sony mostraram uma diferença no valor pago a homens e mulheres pelo filme

Trapaça

, e insistiu em receber o mesmo que seu colega de elenco Chris Hemsworth para reprisar o papel de Branca de Neve na sequência do filme

Branca de Neve e o Caçador

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.

“Tenho que lhes dar crédito, porque assim que pedi eles concordaram”, declarou Charlize em uma entrevista para a revista britânica Elle UK. “Eles não relutaram. E talvez essa seja a mensagem: precisamos simplesmente bater o pé.”

Seu pedido ecoa o de Hillary Clinton, favorita para ser indicada como candidata presidencial do Partido Democrata dos Estados Unidos em 2016, que também lamentou a disparidade salarial entre homens e mulheres.

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Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) deste ano alertou que a renda global das mulheres continuará atrás da dos homens nos próximos 70 anos se a disparidade salarial continuar a ser reduzida no ritmo atual. 

Em todo o mundo, as mulheres ganham 77 por cento dos valores pagos aos homens, cifra que melhorou só três pontos percentuais nos últimos 20 anos, informou a OIT.

Charlize, sul-africana de 39 anos que recebeu um Oscar por sua interpretação de uma assassina serial no filme

Monster – Desejo Assasino

, de 2003, afirmou que as mulheres precisam lutar pela igualdade e ter orgulho de serem feministas.

“Este é um bom momento para pleitearmos justiça nisso, e as garotas precisam saber que ser um feminista é uma coisa boa”, disse Charlize, que estará nos cinemas este mês no filme de ação “Mad Max: Fury Road”.

“Não significa que você odeia os homens. Significa direitos iguais”, disse.

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