Catherine Deneuve ganha Palma de Ouro especial

Enquanto a lendária atriz francesa recebe prêmio inesperado em Cannes, Scarlett Johanssen é considerada a nova musa do festival

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Por Agencia Estado
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Catherine Deneuve deu a lição de interpretação, também na quinta-feira, só que à tarde. Sua Leçon d´Actrice foi basicamente uma conversa sobre os grandes diretores com quem trabalhou. Foram muitos - Luis Buñuel, Jacques Demy, Roman Polanski, André Téchiné. Falou da saudade da irmã, Françoise Dorleac, que morreu num acidente há 40 anos e confessou que Françoise era melhor do que ela. No capítulo confissões, disse que se desentendeu seriamente com Buñuel no set de A Bela da Tarde. Achou que ele nunca mais a chamaria para um filme. Ficou agradecida quando o mestre quis fazer Tristana com ela. No fim da aula, o presidente do festival, Gilles Jacob, entregou uma Palma de Ouro especial a Catherine, dizendo que fazia aquilo que sucessivos júris se esqueceram de fazer, nas muitas vezes em que ela esteve em Cannes, participando da competição. Scarlet Johanssen é a nova musa de Cannes O festival já tem sua musa. É a musa de Woody Allen, Scarlet Johanssen, que é a estrela do filme inglês do ator e diretor nova-iorquino, Match Point. O curioso é que Scarlet não foi a primeira escolha de Allen para o papel e ele chegou a admitir, na coletiva, que iniciou a rodagem com outra atriz (não quis revelar quem era). Scarlet foi capa dos principais jornais franceses de ontem. E estava linda nas fotos. É fácil - ela consegue ser ainda mais bela ao vivo. 30 personalidades do cinema francês Uma edição especial da revista L´Express que circula aqui em Cannes apresenta as 30 personalidades que fazem o cinema francês. Nem sendo do ramo você consegue identificar a maioria delas. São produtores e atores desconhecidos, que fazem um cinema comercial de quinta categoria. Não adianta procurar por atrizes como Catherine Deneuve, Juliette Binoche ou Jeanne Moreau. Mas você encontra Sophie Marceau ao lado de Luc Besson e Jean-Paul Jeunet. Gérard Depardieu dá o ar da graça, num dos últimos lugares da lista de 30. E há Monica Bellucci, muito bem situada. É uma das mulheres mais belas (e sexys) do mundo. Fez uma montée des marches (a tradicional subida da escadaria do palais) triunfal na quinta-feira à noite. Mas parecia uma viúva siciliana. Toda de preto e tapada dos pés à cabeça. Nem um centímetro daquela carnalidade exuberante foi lançado aos olhos do público. Deste jeito, Monica sai da lista. Afinal, não é por ser uma Sarah Bernhardt dos novos tempos que ela está lá.

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