Cao Guimarães lança a segunda parte de sua trilogia

Rodado em 2006, documentário 'Andarilho' registra a passagem de três homens por estrada do norte de Minas

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Por Luiz Carlos Merten
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Dublê de cineasta e artista plástico, o mineiro Cao Guimarães, de 43 anos, estudou filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e cursou a Master of Arts In Photographic Studies na Westminster University, de London. Os críticos às vezes discutem se o que ele faz é cinema ou videoarte e, enquanto isso, Cao vai ganhando projeção em importantes eventos internacionais. O Andarilho concorreu na mostra Horizonte, no Festival de Veneza do ano passado e, na seqüência, abriu a Bienal de São Paulo, cujo tema era Como Viver Junto.   Veja também: Trailer de 'Andarilho'    Rodado em 2006, o documentário registra a passagem de três andarilhos, um mineiro, um gaúcho e um baiano, por uma estrada do norte de Minas. É o segundo episódio do que Cao Guimarães define como sua trilogia da solidão. O primeiro, A Alma do Osso, é sobre um eremita que vive sozinho em cavernas há mais de 40 anos. O segundo também fala de solidão, mas de uma forma diferente. Enquanto a solidão do eremita é estática, a dos andarilhos é móvel, pois eles pelo menos podem se cruzar nas estradas da vida. Na abertura da Bienal, Cao disse que seu filme era o reverso do tema proposto, mostrando o lado oposto de como é viver junto. É um filme muito plástico, mas a beleza e elaboração visual não tiram o foco doloroso da solidão.

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