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Cannes homenageia James Dean, o eterno rebelde

Cannes viu hoje a pré-estréia do documentário sobre o lendário ator, produzido pela Warner Bros e dirigido por Michael J. Sheridan Veja galeria de fotos de Cannes 2005

Por Agencia Estado
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Rebelde, solitário, herói, lenda: um James Dean Forever Young (para sempre jovem) é o homenageado da seção Cannes Classics do Festival de Cannes deste ano. Um documentário produzido pela Warner Bros, dirigido por Michael J. Sheridan e narrado por Martin Sheen, foi visto hoje em pré-estréia no Festival. O filme contém muitas surpresas e imagens inéditas do ator que morreu com 24 anos e depois de apenas 3 filmes, Rebelde sem Causa, Vidas Amargas, Assim Caminha a Humanidade. Esta homenagem antecipa a celebração que ocorre de 3 a 5 de junho na cidade natal do ator, Marion, no estado de Indiana, Estados Unidos, recordando os 50 anos da sua morte prematura em 30 de setembro de 1955. No filme de Sheridan se sobressaem as fotografias em preto-e-branco de George Perry e Dennis Stock: mostram um Dean que após 50 anos não perdeu o seu fascínio, pelo contrário, parece ter saído de uma capa de revista dos dias de hoje. Um verdadeiro ícone contemporâneo, uma mistura de elegância e casualidade, de três gerações atrás. Nas filmagens, um James Dean recém-saído da desolada Marion segue seu sonho de ser ator. Em Los Angeles, onde atua em papéis marginais, até o teste para Vidas Amargas, quando Elia Kazan, que intuiu o talento original e irrequieto, preferiu Dean a Marlon Brando. Mas em sua breve vida em Hollywood, Dean vai preferir sempre a televisão ao cinema, onde participa em mais de 40 shows. A desilusão amorosa com a atriz italiana Anna Maria Pierangeli e os encontros com Natalie Wood, Liz Taylor, Julie Harris também estão no filme. Assim como as clássicas imagens de Dean com Marlon Brando e Paul Newman. A carreira de James Byron Dean, nascido em Marion, Indiana, em 8 de fevereiro de 1931, foi brevíssima. Terminou destroçada com o seu Porshe em uma estrada na Califórnia. Talento extraordinário, reconhecimentos póstumos, como as indicações ao Oscar de 1956 e 1957 por Vidas Amargas e Assim Caminha a Humanidade, Dean, por causa de sua morte trágica, tornou-se um ídolo imortal, cuja herança passou para tantos outros, como Jim Morrison e Kurt Cobain. A festa em Marion, a sua cidade natal, terá, entre outras atrações, a inauguração da maior tela de cinema a céu aberto do mundo, especialmente para projetar os seus três filmes restaurados em formato digital e o documentário de Sheridan visto hoje em Cannes.

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