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Camila Pitanga, estrela de "Sal de Prata"

Cena de sexo na abertura de Sal de Prata, do diretor gaúcho Carlos Gerbase (de Tolerância), é antológica Visite site

Por Agencia Estado
Atualização:

Dirigido por Carlos Gerbase, é a história de Cátia (Maria Fernanda Cândido) que encontra roteiros do namorado morto (Carlos Veronese) e passa a se interessar por cinema. Sal de Prata, o novo filme do gaúcho Carlos Gerbase (de Tolerância), estréia hoje começa com uma cena em que Camila Pitanga fala para a câmera, encara o espectador, a voz torna-se arfante, ela olha para baixo e geme. É sexo oral. Gerbase filmou um orgasmo usando só a sugestão. É um trabalho forte de Camila. Ela conta que preparou a cena e levou sua simulação pronta para o diretor. Gerbase topou. Camila acredita que poderia ter rodado a cena - em take único - uma só vez, mas houve problemas técnicos e foi preciso repetir. É um plano-seqüência desde logo antológico, de um efeito comparável - guardadas as diferenças de época - ao célebre nu frontal de Norma Bengell em Os Cafajestes, de Ruy Guerra. Foi difícil de fazer? "Não seria atriz se tivesse problemas com o meu corpo", ela diz. Seu modelo foi Giulia Gam. "A Giulia é uma despudorada genial. É transgressora e faz o que é preciso em cena sem que ninguém pense se aquilo é vulgar." Filha e irmã de atores (Antônio Pitanga e Rocco Pitanga), Camila iniciou-se muito cedo na carreira. Fazia, mas não sabia se era atriz. Hoje, ela se sente atriz e procura se aprimorar cada vez mais. Cursou teoria teatral e agora escreve a monografia (sobre o melodrama). Elogia o método de Carlos Gerbase. "Ele cria mapas para a gente com o desenho completo dos personagens, indo muito além das cenas em que eles intervêm no relato. É muito interessante e dá solidez ao trabalho do ator." Sal de Prata chamava-se Roteiros Encontrados no Computador, quando o projeto foi lançado em Gramado, há dois anos. Conta a história de Cátia, uma mulher que vasculha o computador do namorado, um cineasta que morreu, e encontra os tais roteiros. A partir daí, ela mergulha no mundo do cinema. Amadurece, como mulher. Sal de Prata (Br/2005, 100 min.). Drama. Dir. Carlos Gerbase. 14 anos. Em grande circuito. Cotação: Regular

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