Caixa traz seis DVDs de Hitchcock

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Por Agencia Estado
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Uma enquete com cem diretores de todo o mundo apontou em 1995, no ano do centenário do cinema, o maior cineasta de todos os tempos. Engana-se quem acha que foi Orson Welles, Sergei M. Eisenstein ou qualquer outro dos grandes fundadores da linguagem do cinema. Alfred Hitchcock foi o escolhido, com mais de 30% dos votos. Decorridos 21 anos de sua morte - em 13 de agosto de 1980 -, o mestre do suspense nunca sai de cena. Agora mesmo, a Universal Home Vídeo lançou uma caixa com seis títulos em DVD. São obras como Sabotador, A Sombra de uma Dúvida, Festim Diabólico, Janela Indiscreta, O Terceiro Tiro e O Homem Que Sabia Demais. Você pode adquiri-los isoladamente ou então na caixa e neste caso, além da embalagem primorosa terá direito a um brinde - um sétimo DVD, inteiramente grátis, o de Psicose. Não faltam extras para tornar esses lançamentos atraentes. O DVD de Sabotador traz bastidores do filme, storyboard, trailer de cinema e desenhos feitos pelo próprio Hitchcock. A Sombra de uma Dúvida traz o making of do filme que o próprio mestre considerava o melhor de sua carreira, desenhos de produção e trailer. Festim Diabólico ostenta como principais extras os bastidores da filmagerm, uma galeria de arte e o trailer. Janela Indiscreta também traz galeria de arte, bastidores e trailer. O Terceiro Tiro, making of, galeria de arte e trailer. E todos são enriquecidos com livretos cotendo notas de produção, como os caderninhos que acompanham os CDs de música. Vale a pena comprar o pacote inteiro. Pode sair meio caro, mas neste caso você ganha o DVD de Psicose e ele oferece mais extras que todos os anteriores. Making of, trailers da estréia e do relançamento, um jornal sobre o lançamento de Psicose, a cena do chuveiro com e sem a música de Bernard Herrmann, os desenhos de Saul Bass para a citada cena da ducha, fotos, pôster, notas de produção, biografias do diretor e dos atores. Está tudo lá. Claro que os hitchcockmaníacos de carteirinha gostariam de substituir esse ou aquele título por Um Corpo Que Cai (Vertigo), Intriga Internacional, Os Pássaros ou Marnie, as Confissões de uma Ladra. Com Hitchcock é assim. Cada um tem o seu preferido. E nem precisam ser, necessariamente os grandes filmes coloridos dos anos 50 e 60. Alguns dos filmes mais prazerosos de Hitchcock continuam sendo A Dama Oculta, dos anos 30, e Interlúdio, com a dupla clássica Cary Grant e Ingrid Bergman, dos 40, ambos em preto-e-branco. Ao longo de sua memorável carreira, com as fases inglesa e norte-americana, Hitchcock não elevou apenas o suspense à condição de uma das mais belas artes. Também estabeleceu uma norma da qual Hollywood, ultimamente, se distanciou - para infelicidade nossa, espectadores que somos. Hitchcock, que sempre defendeu um cinema comercial - sem deixar por isso de ser autor -, achava que, no cinema, o enredo não deve se subordinar à técnica, como ocorre hoje em boa parte da produção hollywoodiana. Ele sempre fez questão de adaptar a técnica às suas tramas. Ousou muito e nem sempre acertou (a filmagem contínua de Festim Diabólico). Mas quando é escolhido o maior diretor de todos os tempos é como tributo ao seu gênio criador. Esse homem fez filmes (populares) tão grandes que justificam a própria existência do cinema. Sabotador (Saboteur), 1942. A Sombra de uma Dúvida (Shadow of a Doubt), 1942. Festim Diabólico (The Rope), 1948. Janela Indiscreta (Rear Window), 1954. O Terceiro Tiro (The Trouble with Harry), 1956. O Homem Que Sabia demais (The Man Who Knew too much), 1956. Psicose (Psycho), 1960. Universal. R$42,60 (cada DVD) e R$229 (pacote)

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