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'Brasil Animado' traz natureza no primeiro 3D nacional

Mesmo não caindo em didatismo excessivo, Brasil Animado é um filme bem explicativo

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Por Redação
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Finalmente o cinema brasileiro entra na era do 3D com Brasil Animado, que estreia em circuito nacional. Combinando animação com cenas de paisagens brasileiras, o longa faz um passeio pelo país seguindo as figuras do empresário Stress e do cineasta Relax, dois cachorros que procuram o Grande Jequitibá Rosa - uma raridade, a árvore mais velha do Brasil. Dirigido por Mariana Caltabiano - que assina o roteiro com Eduardo Jardim, também dublador de diversos personagens do longa -, o filme é uma viagem por um país repleto de cartões postais. Stress e Relax visitam desde os mais famosos - como o Cristo Redentor e Foz do Iguaçu - passando por aqueles não tão badalados assim, como Brasília e mesmo São Paulo - cidades cuja maior parte da beleza está em sua arquitetura. Em cada lugar, os dois personagens interagem com a natureza, tanto paisagens quanto outros animais. E Mariana, com sua câmera, abre espaço para espontaneidade, captando flagrantes da vida nativa ou de turistas. São detalhes que enriquecem "Brasil Animado". Esse é um filme abertamente voltado para o público infantil, repleto de personagens e animais fofinhos, e um colorido vibrante - boa parte disso, cortesia da fauna e da flora nacional. Os cantores Ed Motta e Simoninha participam da trilha sonora, que é bem marcante, combinando diversos ritmos brasileiros. O 3D não é do tipo agressivo, que dá a impressão de "jogar" coisas na cara do público. A ilusão do efeito está mais na profundidade de campo e na textura que a diretora dá aos cenários e personagens. Por exemplo, um movimento de capoeira que "sai para fora" da tela, ou um animal cujo corpo rompe a moldura da imagem. Mesmo não caindo em didatismo excessivo, Brasil Animado é um filme bem explicadinho - ou seja, quer se comunicar com seu público, passar informações, e faz isso sempre com um humor bem delicado. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

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