Bósnia cancela filme de Angelina Jolie sobre a guerra

Atriz já começou a rodar seu primeiro filme como diretora na Hungria, e teria previsto uma continuação na Bósnia

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Por EFE
Atualização:

As autoridades bósnias cancelaram nesta quarta, 13, o primeiro filme dirigido por Angelina Jolie por conta de um protesto de uma associação de mulheres vítimas da guerra, que dizem que o roteiro pode ser ofensivo e traumático para elas.

 

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Assim anunciou o ministro da Cultura e vice-presidente do governo comum entre muçulmanos e croatas, Gavrilo Grahovac, que disse em um comunicado, que não o filme não será rodado em nenhuma localidade da Bósnia.

 

A associação "Mulher vítima da guerra" afirmou ter informações de que o roteiro do filme de Angelina foca numa mulher bósnio-muçulmana que se apaixona por um soldado sérvio que a havia violentado. Um argumento desse tipo pode significar um trauma e uma ofensa para as mulheres que foram vítimas de violações durante o conflito bélico bósnio de 1992 a 1995.

 

A presidenta da associação, Bakira Hasecic, chegou a pedir explicações às autoridades sobre a permissão dada a Angelina para rodar seu filme na Bósnia.

 

O roteiro do filme de Angelina Jolie não foi divulgado ainda, mas a atriz disse em agosto passado, em uma visita à Bósnia, que não teria caráter político e seria uma história de amor de um casal que já se conhecia antes da guerra e sobre as dificuldades desta relação.

 

Angelina, que também é embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiandos (ACNUR), afirmou então que estava disposta a dar as explicações necessárias para dissipar os temores de que sua obra apresente os conflituosos acontecimentos passados de forma arbitrária.

 

A atriz norte-americana começou a rodar seu filme há poucas semanas na Hungria, e teria previsto uma continuação na Bósnia.

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