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BNDES premia 24 produtores de cinema

Por Agencia Estado
Atualização:

Ruy Guerra, Sérgio Bianchi, Toni Venturi e José Joffily fazem parte do time de 24 realizadores/produtores premiados pelo último edital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição financeira foi, junto com a Petrobras e a BR Distribuidora, a grande fomentadora do audiovisual brasileiro nos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso. A força feminina na produção cinematográfica se faz sentir entre os premiados do BNDES com os nomes de Lúcia Murat, que filmará Quase Dois Irmãos, roteiro escrito em parceria com Paulo Lins (Cidade de Deus), Monique Gardenberg, Sandra Werneck, Leila Hipólito e Betse de Paula. No total, foram premiados 16 longas ficcionais e 8 documentais. Na área da ficção, o Rio comparece com dez projetos São Paulo com quatro, o Paraná com um (Terra Vermelha), e o Distrito Federal com outro (Celeste & Estrela, de Betse de Paula). Nenhum projeto do Norte/Nordeste foi agraciado. Sérgio Bianchi voltará aos sets de filmagem -- depois do polêmico Cronicamente Inviável -- com Quanto Vale ou É por Quilo que tem o conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, como ponto de partida. O realizador já dialogou com o escritor fluminense em Causa Secreta, filme de 1995. O projeto de Ruy Guerra - Terra Vermelha - baseia-se em romance de Domingos Pellegrini, e terá a Araucária Cinematográfica, de Cloris Ferreira (diretora do Festival de Curitiba), como produtora, e Londrina e o oeste paranaense como cenários. Leila Hipólito, que causou sensação em Gramado com o curta Decisão (dedicado a seus mestres, Carlos Manga e Roberto Farias), estréia no longa com a comédia As Alegres Comadres, recriação de As Alegres Comadres de Windsor, de William Shakeaspeare. A cidade de Tiradentes, em Minas, serve de locação ao filme, que se passa no Brasil do século 19. Monique Gardenberg lança Benjamin, seu segundo longa (o primeiro foi Jenipapo) escorada no prestígio de Chico Buarque, autor do livro que lhe serviu de matéria ficcional. A produtora O2, dona da maior bilheteria da retomada (Cidade de Deus: 3.099.365 espectadores), lançará, com o prêmio do BNDES, o longa Viva Voz, de Paulo Morelli. Trata-se de comédia que tem, em seu elenco, a hilária Betty Gofman. José Joffily, que conseguiu a proeza de realizar três longas na retomada (Quem Matou Pixote?, O Chamado de Deus e Dois Perdidos numa Noite Suja) foi premiado com Achados e Perdidos, roteiro baseado em romance homônimo de Luiz Alfredo Garcia Roza. A literatura é, também, a fonte de Nina, que Heitor Dhalia escreveu com Marçal Aquino, a partir de Crime e Castigo, de Dostoievski. Guta Stroetter será a protagonista, moça que se aloja em pensão e se desentende com a proprietária. Os outros títulos de ficção premiados pelo BNDES são Cabra Cega, drama político de Toni Venturi; Cazuza, de Sandra Werneck (sobre o roqueiro que morreu vítima de Aids); Bendito Fruto, de Sérgio Goldenberg; Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes (a partir de Osman Lins); Tainá 2, da Tietê Filmes; No Meio da Rua, da Canto Claro Produções, e O Outro Lado da Rua, da Neanderthal Filmes. Na categoria documentário, os premiados são Recôncavo - A Bahia de Dentro; Rap no Rio; Parteiras da Amazônia; Arturos, os Dançarinos do Sagrado; Benguelê; Dom Helder Câmara, o Santo Rebelde; As Lutas do Povo Brasileiro e Oscar Niemeyer, Uma Lição de Arquitetura.

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