"Bellini e a Esfinge" chega a São Paulo

Filme estrelado por Malu Mader, eleito o melhor no Festival do Rio, teve uma concorrida pré-estréia na capital paulista. Entra em cartaz em março

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Por Agencia Estado
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Criar um 007 brasileiro, pelo menos na intenção. Caso seja feita a vontade de Tony Belloto - guitarrista dos Titãs, marido de Malu Mader e escritor do gênero policial -, na versão verde-amarela o agente será um detetive particular, não terá ternos bem-cortados, nem a elegância britânica. No posto de Pierce Brosnan, Fábio Assunção. Como Bond-Girls, prostitutas do Largo do Arouche. E, no lugar da máxima "Bond, my name is Bond", talvez um seco "E aí? Eu sou o Remo Bellini, mas me chama de Bellini", acompanhado de um erguer de sobrancelhas (tique de Assunção). Malu Mader interpreta Fátima, uma prostituta apaixonada por Bellini. "Quero fazer uma série de filmes com o Bellini. Penso em filmar meu outro livro, Bellini e o Demônio", disse Belloto durante a pré-estréia de Bellini e a Esfinge, terça-feira à noite no Shopping Frei Caneca, em São Paulo. Bellini e a Esfinge é um filme policial (com estética "noir") adaptado da obra homônima de Belotto sobre um detetive que investiga o desaparecimento de uma prostituta. Estréia em todo o País no dia 1.º de março. Orçado em R$ 1,7 milhão e dirigido por Roberto Santucci, o filme foi eleito pelo público como o melhor longa brasileiro de ficção no Festival do Rio BR. Além disso, foi o segundo mais votado no Festival de Cuba e está selecionado para o Festival Brasileiro de Miami. A platéia de terça do Shopping Frei Caneca (aproximadamente 500 pessoas, entre elenco, produtores e amigos da equipe) também bateu palmas para Bellini. O único sobressalto ocorreu por causa de uma falha no projetor, justamente o da sala VIP. O ex-global Cazé, a diretora Carla Camurati (que está distribuindo o filme), Marisa Orth, Carlos Alberto Ricelli e os titãs Nando Reis e Paulo Miklos tiveram sua sessão interrompida durante 20 minutos logo nas primeiras cenas. Bem na hora em que Malu Mader fazia sua entrada na trama. Para contornar a saia-justa e aplacar os ânimos da platéia inquieta (Riccelli, por exemplo, estava na porta de saída), o produtor Theodoro Fontes, irmão do ator e diretor Guilherme Fontes, ofereceu um drinque por conta da casa, no saguão do cinema. O público dava sinais de que iria mesmo abandonar o cinema quando uma produtora, no melhor estilo set de filmagens, anunciou com um grito: "Vai rolar!" Então os quase 300 vips retomaram o ar blasé e se dirigiram às poltronas, a passos lentos. Depois da exibição tumultuada, muitos ainda tiveram ânimo para ir dançar na casa de strip Cocktail, onde algumas cenas de Bellini e a Esfinge foram rodadas. Em meio a dançarinas de fio dental, produtores e amigos comemoravam, dando o seu show. "Pô, por favor, hoje não tô a fim de foto, não", pedia, com simpatia (mas em vão), o ator Eriberto Leão, recém-separado de Suzana "Tiazinha" Alves, a nova confinada na Casa dos Artistas de Silvio Santos. "Também quero escrever um livro, mas seria algo mais família, com personagens mais reflexivos. Só me falta disciplina", dizia a bela Malu Mader. "Ai, isso aqui tá show! Tá muito show!", repetia sem parar o DJ Zé Pedro, fazendo alusão ao seu programa com Adriane Galisteu. "Ai, você viu? Vim a caráter!", repetia sem parar a promoter Alicinha Cavalcanti, fazendo alusão ao seu top vermelho com costas à mostra. E assim a festa seguiu até as 6h da manhã de quarta-feira.

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